Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Banda Sheppard e a missão de conquistar o Brasil

Banda australiana se apresenta neste sábado no Rock in Rio, antes de Sam Smith e Rihanna

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 set 2015, 09h18

Em um sanduíche com Lulu Santos e Sam Smith, seguido por Rihanna, atrações do Palco Mundo neste sábado no Rock in Rio, a pouco conhecida banda Sheppard é um nome que causa estranhamento na line-up — especialmente por fazer parte do espaço principal do evento. Como diz sabiamente a apresentação no site oficial do festival, o grupo de indie pop australiano “chega com a missão de encantar o público brasileiro”. Uma missão e tanto, já que a data foi uma das mais concorridas por ingressos e um séquito de fãs espera ansiosos pela apresentação da cantora caribenha. “Acho que houve algum engano nessa escalação”, brinca o vocalista George Sheppard, líder do grupo, em entrevista ao site de VEJA.

Leia também:

Cara Delevingne chega ao Brasil para ver o Rock in Rio

Roqueiros exigem nos camarins comida saudável e cerveja… sem álcool ​

Mal chegou, Rihanna já tem peladão na sacada do hotel

O sexteto formado pelos irmãos George (vocal e teclado), Amy (vocal e violão) e Emma Sheppard (baixo), e os amigos Michael Butler (guitarra), Jay Bovino (guitarra) e Dean Gordon (bateria), começou de forma descomprometida em 2010, quando George e Amy passaram a fazer apresentações musicais juntos. Bovino e a baixista Emma foram convidados em seguida, quando a dupla decidiu levar a brincadeira a sério. Os amigos Butler e Gordon reforçaram o grupo, reunião que resultou no primeiro disco, Bombs Away, lançado em 2014, com músicas autorais e um grande hit: Geronimo. A canção-chiclete desbancou Pharrell Williams e sua famosa Happy das paradas australiana.

Continua após a publicidade

O grupo deu uma palinha com o que esperar no festival em um pocket show para convidados, no hotel Fasano no Rio, na última quarta-feira. Apesar do vozeirão de Amy e seu cabelo azul, George foi o destaque no palco. Cheio de energia, o músico canta, toca teclado e percussão. Agora, é esperar para ver como eles se sairão em frente a uma plateia de 85 000 pessoas.

Vocês possuem diversas referências, como folk e rock, mas o som é bem puxado para o pop. Por que esta escolha?

George – Nós gostamos de músicas que atraiam a atmosfera de entrosamento com a plateia. Como acontece com Coldplay e Kings of Leon. Mas nossa principal inspiração vem de artistas clássicos do pop, como Cat Stevens, Fleetwood Mac e Elton John. Nossa ideia é ter o pop como arte. Infelizmente, hoje em dia, o pop costuma ser associado a uma música ruim, mas não era assim. Estamos tentando trazer isso de volta.

O Scooter Braun, empresário de artistas como Justin Bieber e Ariana Grande, começou a trabalhar com vocês recentemente. Como ele tem ajudado a banda a crescer?

George – O Scooter é um daqueles caras que faz três telefonemas e, em seguida, já estamos em lugares incríveis, como programas de TV e agendas de shows. Isso tem sido fantástico pra gente, especialmente nos Estados Unidos, onde a equipe dele tem uma grande influência. Foi com ele, por exemplo, que conseguimos abrir alguns dos shows da turnê americana da Meghan Trainor. Começamos a ficar conhecidos por causa dele.

O maior hit da Sheppard é a canção Geronimo. Como ela nasceu?

George – No começo da carreira fizemos muitos covers, mas gostamos de escrever nossa música. Essa canção nasceu depois de um show em Melbourne. Jay estava brincando com a guitarra, aquecendo. E ele criou aqueles acordes. Foi tão bom que decidimos gravar na hora com o celular. Tínhamos então uma melodia, uma base inicial, bem simples. Meses depois abrimos aquele arquivo e percebemos que existia algo especial ali. Então Jay e eu sentamos por duas horas mais ou menos e terminamos de escrever a letra. Geronimo tem aquela energia elétrica, que contagia. Foi uma canção que veio naturalmente.

Vocês têm medo de ser aquele tipo de banda de um só hit?

George – Acho que não. Já é bem maravilhoso o quão longe chegamos. Se tudo acabasse amanhã, nós já teríamos motivo suficiente para morrer bem felizes. Mas não temos a intenção de escrever hits, a ideia de tudo isso é que possamos tocar juntos, criar coisas e nos divertir. Se algo grande como um hit sair no processo, ótimo. Mas na maior parte do tempo escrevemos para nós mesmos, sobre um sentimento, um momento.​

Continua após a publicidade

O primeiro disco, Bombs Away, tem um astronauta na capa. Por que essa escolha?

Jay – Bombs Away é parte da letra de Geronimo. E também é nosso primeiro disco, então é um lançamento, uma ideia de novidade, explosão. Já o astronauta, eu não sei. Por que escolhemos isso (risos)?

George – É uma metáfora de sair de um lugar e explora coisas novas, novos mundos. Para nós, a música era uma carreira opcional, não pensávamos em seguir isso como profissão. Eu era ator. Até que montamos a banda e nos envolvemos com a indústria musical. Então é como um salto de fé. Uma tentativa. Lançamos este álbum após três anos de estrada e foi um marco nas nossas vidas.

Amy – Quando lançamos o disco, a ideia era explorar novos territórios, e está funcionando. Essa é nossa primeira vez no Brasil. Além do trabalho, aproveitamos a praia, fomos ao Pão de Açúcar que tem a vista mais bonita que já vimos na vida.

Qual a sensação de tocar em um festival como o Rock in Rio?

Emma – É ótimo. Uma sensação de sonhos se tornando realidade. Estamos animados para fazer um show desse tamanho.

Continua após a publicidade

George – Será um momento histórico na nossa carreira. Há cinco anos temos trabalhado muito, construindo tijolo sobre tijolo, e agora parece que chegou o momento de colher coisas. Mas estar no Rock in Rio é mais do que imaginávamos. Estamos muito animados e um pouco ansiosos. Eu sempre quis vir para o Brasil. Porém, vir ao Brasil e ainda tocar em um dos maiores festivais de música do mundo, é um sonho que se tornou realidade.

A banda vai se apresentar antes da Rihanna e de Sam Smith no palco principal do evento. O que acham disso?

George – Acho que teve algum engano na escalação (risos). Realmente, foi uma surpresa boa e estamos nervosos, mas esperamos fazer uma boa apresentação. Rihanna e Sam Smith são dois grandes artistas que admiramos muito e estar no mesmo palco que eles é uma honra.

Continua após a publicidade
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.