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‘Touca cerebral’ permite controlar máquina com pensamento

Tecnologia, que registra impulso elétrico do cérebro e o verte em comando de computador, ajudará vítimas de derrame que perdem movimento de membros

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h04 - Publicado em 27 jul 2011, 13h15

Pesquisadores estão desenvolvendo nos Estados Unidos uma espécie de “touca cerebral” que permite controlar máquinas e programas de computador com o pensamento. A nova tecnologia poderá ser usada para manipular computadores, próteses robóticas, cadeiras de rodas e até avatares digitais e não requer nenhuma intervenção invasiva: basta colocar a touca sobre a cabeça.

A equipe do neurocientista Jose Contreras-Vidal, da Universidade de Maryland, escreveu três grandes artigos a respeito nos últimos 18 meses, incluindo o texto recém-publicado no periódico Journal of Neurophysiology, explicando como transforma pensamentos em movimento. Ele utiliza uma técnica chamada eletroencefalografia, também conhecida por EEG. O método permite registrar os impulsos elétricos cerebrais a partir de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo; em seguida, essas ondas são decodificadas e transformadas em comandos que controlam uma interface de computador.

Jose Contreras-Vida: “nossa tecnologia poderá ser utilizada para controlar, com o pensamento, computadores, membros robóticos e até avatares digitais” ()

Nos dois primeiros estudos, a equipe reproduziu movimentos da mão e do cursor na tela de um computador. No mais recente, os especialistas reconstruíram o complexo movimento tridimensional das articulações da canelas, joelhos e quadris de voluntários caminhando sobre uma esteira.

A tecnologia desenvolvida no laboratório de Contreras-Vidal não é a única a verter ondas cerebrais em movimento. Contudo, a maioria das alternativas é invasiva – com a implantação de eletrodos diretamente no cérebro -, ou requer muito mais treinamento do que a necessária à “touca cerebral”.

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Por enquanto, o projeto se concentra em utilizar a tecnologia para ajudar vítimas de acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame. Os mais beneficiados seriam aqueles que tiveram o sistema motor comprometido pela condição.

Um exoesqueleto para o tornozelo poderia utilizar dados de pessoas com movimentos saudáveis para ajudar os mais debilitados a recobrar os movimentos. Outra forma de ajudar os pacientes seria reeducar o cérebro a pensar da maneira “correta” para reproduzir o movimento perdido. Isso seria possível ao decodificar a forma de andar das pessoas saudáveis.

Contreras-Vidal acredita que a tecnologia poderá ser colocada à disposição do público em “alguns anos”. “Estamos desenvolvendo uma interface cerebral segura, confiável e não invasiva que pode mudar a vida de milhões de pessoas que perderam os movimentos”, disse.

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