Um nó de trânsito anunciado na Rio+20
Engarrafamento provocado pela presença da comitiva de Dilma Rousseff na abertura do Pavilhão Brasil mostra o que pode acontecer com o trânsito nesta terça-feira, quando desembarcam no Rio metade dos chefes de estado que participarão da conferência
No dia seguinte à abertura da Rio+20, os motoristas que circularam pelas imediações do Riocentro ficaram livres dos congestionamentos da véspera, quando a presidente Dilma Rousseff esteve na região para a abertura do Pavilhão Brasil, no Parque dos Atletas. Sem a presença da comitiva presidencial, o fluxo de veículos teve apenas os gargalos habituais de um dia útil. O quadro alerta para o potencial risco de um caos no trânsito da cidade esta semana, com a chegada de mais de uma centena de chefes de estados e governo.
O dia crítico da Rio+20 será a terça-feira, quando mais de 50% dos chefes de estado vão desembarcar no Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, e seguirão para hoteis da zona sul do Rio. Eles se juntarão aos outros 20% que terão chegado no dia anterior. Batedores vão interromper o tráfego em vias importantes da cidade para a passagem dos comboios. A prefeitura do Rio previu o risco de caos no trânsito com a chegada das autoridades e até tentou minimizar o problema, aprovando um feriado escolar de três dias, a partir de quarta-feira. No entanto, às vésperas da Rio+20, foi informada pela ONU de que a maioria dos líderes mundiais decidira antecipar sua chegada ao país.
Às pressas, foram anunciadas mudanças no esquema especial de trânsito, mas a essa altura o estrago é inevitável. Enquanto os chefes de estado estiverem chegando, milhares de pessoas estarão de saída do Rio rumo ao feriado prolongado. A prefeitura determinou a criação de uma faixa exclusiva para as autoridades na Linha Vermelha, mas elas não estão livres da possibilidade de usarem a Avenida Brasil, a principal rota alternativa. Ainda foram canceladas as pistas reversíveis da orla da zona sul, de Copacabana até o Leblon.