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Partidos independentes tomam espaço da oposição

PV e o recém-nascido PSD foram os que mais ampliaram sua área de poder nas prefeituras brasileiras. Levantamento mostra que oposição encolheu 30%

Por Da Redação
21 out 2012, 11h57

Os resultados do primeiro turno e as pesquisas do segundo turno indicam que os partidos de oposição à presidente Dilma Rousseff terão um encolhimento de 30%, pelo critério do número de eleitores governados, quando comparadas as eleições de 2008 e 2012. A redução não se traduz, no entanto, em crescimento dos partidos da base governista. Os aliados de Dilma tendem a conquistar o comando de 72% do eleitorado, resultado apenas um ponto porcentual superior ao obtido em 2008.

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Quem avançou nesse período foi o bloco dos chamados independentes, hoje formado por PV e PSD – esse último partido, que não existia há quatro anos, surgiu de um racha no DEM e é um dos responsáveis pelo definhamento do bloco oposicionista. Em termos formais, PV e PSD não fazem parte da base governista. Na prática, seus parlamentares demonstram fidelidade a Dilma.

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Segundo o Basômetro, ferramenta online que mede o governismo no Congresso, os deputados dos dois partidos seguiram a orientação do Palácio do Planalto em 77% (no caso do PV) e 88% (PSD) das votações realizadas desde o início de 2011. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, ainda pode formalizar a adesão do partido ao bloco pró-Dilma, o que elevaria a parcela do eleitorado sob o comando de prefeitos governistas para o patamar recorde de 78%.

Oposição versus base – Há quatro anos, PSDB, DEM, PPS e PSOL – então na oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – conquistaram nas urnas o comando de cidades que concentravam 28% do eleitorado do país. Esses mesmos partidos devem eleger agora prefeitos de municípios que abrigam 19% dos eleitores.

Os números foram calculados pelo Estadão Dados com base nos resultados das eleições em 5.515 cidades onde a disputa foi encerrada no último dia 7 e em resultados de pesquisas em 39 dos 50 municípios onde haverá segundo turno. Se houver reviravoltas na reta final – principalmente em São Paulo, que possui 8,6 milhões de eleitores -, portanto, os porcentuais podem mudar.

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Em números absolutos, as legendas de oposição passaram a governar 35 milhões de eleitores quando seus prefeitos eleitos em 2008 tomaram posse no ano seguinte. Pelo que projetam as pesquisas, essa parcela cairia para pouco menos de 27 milhões de eleitores no período 2013-2016.

Já os partidos da base podem ampliar seu eleitorado governado de 91 milhões para 99 milhões em quatro anos. Ao se comparar as duas eleições, é preciso levar em conta o fato de que o eleitorado total do país cresceu de 129 milhões para 138 milhões.

A força dos governistas nos municípios é um trunfo para Dilma na eleição de 2014. Mas nada garante que os prefeitos ajam de modo coeso. Os eleitos pelo PSB, por exemplo, hoje estão na base, mas podem ser cabos eleitorais do presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, caso ele decida concorrer.

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(Com Agência Estado)

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