Multa por não respeitar pedestre começa em setembro em toda a capital paulista
Apesar de prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de 1997, a infração era praticamente ignorada pelos agentes de trânsito
A aplicação de multas a motoristas que não param nas faixas de pedestre vai ser expandida para toda a cidade de São Paulo em setembro. O novo cronograma foi informado nesta segunda-feira pelo secretário municipal dos Transportes, Marcelo Cardinale Branco, durante o evento que marcou o início da fiscalização dessas infrações em 78 cruzamentos do centro e da região da Avenida Paulista.
O secretário acrescenta que haverá um período de “adaptação” a esse modelo de fiscalização. Isso porque, apesar de prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de 1997, a infração era praticamente ignorada pelos agentes de trânsito.
“Nós esperamos que as pessoas se acostumem com essa nova prática”, disse Branco. “Dentro de um mês ou pouco mais, nós devemos começar a intensificar essa fiscalização nas outras regiões”. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também afirma que vai lançar uma campanha de televisão para educar motoristas e pedestres.
A aplicação de multas na região central começou ontem, depois de quase três meses de campanhas educativas – com orientadores de tráfego espalhados pelos cruzamentos. As multas podem chegar a 191,53 reais e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ao todo, 154 “marronzinhos” começaram a fiscalizar os 78 pontos em escalas alternadas, como as usadas na fiscalização do rodízio: Num dia os fiscais podem estar em determinado ponto, no seguinte, em outro.
“Não é uma armadilha, mas uma forma de fazer o motorista respeitar as faixas de pedestre e não parar apenas quando tem �marronzinho�”, disse o diretor de Operações da CET, Eduardo Macabelli. A fiscalização é feita durante todo o dia, em três turnos – reforçada entre 10h e 16h.
Atropelamentos – Vinte atropelamentos foram registrados até às 19 horas desta segunda-feira, em São Paulo. Pelo menos dois deles ocorreram na área de fiscalização da CET, no Brás e em Santa Cecília. O número ficou acima da média do ano passado, de 19 casos por dia. No total, houve 7.007 atropelamentos em 2010, com 630 mortes.
(Com Agência Estado)
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