Ex-senadora diz que partidos são independentes, apesar de estar oficialmente filiada ao PSB. Divergências devem surgir nas disputas estaduais
Por Gabriel Castro, de Brasília
9 out 2013, 19h21
A ex-senadora Marina Silva, líder da Rede Sustentabilidade, disse nesta quarta-feira que os militantes de seu partido – ainda não registrado oficialmente – nem sempre vão seguir as orientações do PSB, sigla à qual ela se filiou no último sábado. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, após reunião com a cúpula da Rede Sustentabilidade, ela disse que as duas legendas são independentes.
“Existirão alguns momentos em que poderemos caminhar juntos com o PSB e outros não. Somos dois partidos independentes”, disse ela, em referência às alianças estaduais nas eleições de 2014. Marina enfatizou que não tem o compromisso de seguir todas as decisões da Executiva do PSB. “Não sou uma filiada orgânica do PSB. Sou uma filiada da Rede Sustentabilidade”, disse a ex-senadora.
Ela comparou a situação a de filiados a partidos clandestinos que, impedidos de atuar em suas legendas de origem, passavam a fazer parte de siglas oficiais mas mantinham os vínculos com suas legendas originais. Outros políticos vinculados à Rede, como os deputados Domingos Dutra (Pros-MA) e Miro Teixeira (Solidariedade-RJ), não se filiaram ao PSB, mas devem atuar de forma harmônica com a sigla de Marina.
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Marina também disse não fazer questão de ser candidata ao Planalto: “Não tenho como objetivo de vida ser presidente da República. Tenho como objetivo de vida um país melhor”.
A ex-senadora afirmou que o único candidato posto do PSB é Eduardo Campos, governador de Pernambuco e provável postulante à Presidência da República. “Quem descartou a minha candidatura não fui eu, foram os cartórios que cassaram o registro da Rede Sustentabilidade”, disse Marina.
Marina também afirmou que, nas disputas estaduais, seu grupo político pode se opor a candidatos do PSB para apoiar integrantes de outras siglas que tenham afinidade com a Rede. Deve ser o caso, por exemplo, do Distrito Federal: o PSB pretende lançar o senador Rodrigo Rollemberg ao governo, enquanto a Rede deve apoiar Reguffe, que é filiado ao PDT, mas mantém proximidade com Marina.
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O tema vai ser discutido no domingo, quando a comissão provisória do partido se reunirá em Brasília.
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