Jovem que confessou participação em morte de estudante da USP é solto
Por ter se apresentado por vontade própria e não ter passagem pela polícia, acusado poderá responder pelo latrocínio em liberdade
Um dos acusados de matar o estudante da USP Felipe Ramos de Paiva, no dia 18 de maio, foi solto horas depois de se apresentar à polícia nesta quinta-feira. O jovem Irlan Graciano Santiago, 22 anos, confessou ter atirado no aluno da Faculdade de Economia e Administração (FEA) no estacionamento da universidade.
Ao lado de um comparsa, o atirador tentou roubar o carro de Felipe, que reagiu ao assalto. Santiago será indiciado pelo crime de latrocínio, que caracteriza o roubo seguido de morte. Mas, após prestar depoimento, foi solto por ter se apresentado por vontade própria e não ter passagem pela polícia.
“No final do inquérito solicitaremos a prisão preventiva dele”, explicou o delegado Maurício Guimarães Soares, da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Santiago se negou a revelar o nome do outro rapaz que participou do crime, mas garantiu que foi o comparsa quem atirou no estudante.
Investigação – Denúncias feitas à Polícia Civil apontaram para o nome do suspeito, que foi encontrado na Favela São Remo, no Butantã, região oeste de São Paulo. Segundo o delegado, Santiago foi informado sobre a possibilidade de se entregar e procurou um advogado para se apresentar espontaneamente e garantir sua liberdade.
Crime – O estudante da FEA chegava ao seu veículo, no estacionamento, quando foi abordado pelos criminosos. Segundo Santiago, Felipe reagiu e tentou tomar a arma da mão dos bandidos. Um dos assaltantes atirou no rapaz. Os ladrões, então, desistiram de levar o Passar blindado do estudante. Antes de abordar o universitário, a dupla fez uma mulher refém dentro do campus, mas liberou a vítima ao descobrir que ela era deficiente física.