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PGR pede abertura de investigação contra Bethlem

Procurador-geral da República solicitou quebra dos sigilos do deputado Rodrigo Bethlem (PMDB), que operava esquema de desvios na prefeitura do Rio

Por Da Redação
6 ago 2014, 18h06

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de investigação criminal contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). Como revelou o site de VEJA, o parlamentar confessou em áudios e vídeos para a ex-mulher, Vanessa Felippe, que recebia propina de prestadores de serviço da prefeitura do Rio de Janeiro. O pedido foi divulgado nesta quarta-feira. Bethlem foi homem forte do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e comandou as secretarias de Ordem Pública, Assistência Social e Governo, de 2009 a 2014.

Nas gravações, Bethlem dizia receber entre 65.000 e 70.000 reais da ONG Tesloo, contratada para administrar o cadastro único de programas sociais da prefeitura – usado para pagamento de programas como o Bolsa Família e o Cartão Família Carioca. O deputado disse para a ex-mulher que tinha uma renda mensal de cerca de 100.000 reais, quando recebia salário de 18.000 reais.

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Em documento de quatro páginas enviado no dia 30 de julho ao Supremo, Janot sustenta que há indícios de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Bethlem também disse para a ex-mulher que tinha uma conta bancária na Suíça, cuja existência não foi informada para a Receita Federal.

A revelação do esquema de corrupção fez Bethlem desistir de concorrer à reeleição neste ano. Ele já teve os bens bloqueados pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro porque as gravações fizeram o Ministério Público do estado do Rio desconfiar de benefício pessoal ao deputado, com enriquecimento ilícito, nas contratações irregulares assinadas por ele na prefeitura.

Mas como possui foro privilegiado, apenas o procurador-geral da República pode pedir abertura de investigação criminal contra o parlamentar. Janot também pediu quebra de sigilo fiscal de Bethlem e da Tesloo. Solicita ainda ao Supremo que peça à Polícia Federal informações sobre viagens do deputado ao exterior nos anos de 2010 e 2011. Bethlem também será investigado pela Câmara dos Deputados e pode ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, a pedido do PPS e do PSOL.

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(com Estadão Conteúdo)

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