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Indianos propõem parceria caso Dilma opte por Rafale

Por Da Redação
30 mar 2012, 19h05

Por Tânia Monteiro

Brasília – Na reunião bilateral entre Brasil e Índia, na Hyderabad House, o governo indiano informou à presidente Dilma Rousseff que caso ela opte pela compra dos caças Rafale, a exemplo do que a Índia fez, os indianos estão interessados em estabelecer uma parceira tecnológica com os brasileiros, para montarem um projeto conjunto de transferência de tecnologia. De acordo com a oferta, a disposição do governo indiano é de transferir informações que eles recebam em relação ao Rafale, e os três países – Brasil, Índia e França (fabricante do avião), poderiam, então, trabalhar juntos em um projeto de parceria tecnológica.

O convite foi feito no momento em que a Índia apresentava várias ofertas de cooperação com o Brasil, em diferentes setores, por um dos ministros indianos, que participaram da reunião ampliada. A presidente Dilma, no entanto, não deu nenhuma resposta aos indianos, ou teceu qualquer comentário mais detalhado sobre o tema. “Nem cabia ela comentar. A oferta foi feita no momento em que a Índia apresentava proposta de parceria em várias áreas e esta seria apenas mais uma delas”, contou um integrante da delegação brasileira que estava presente à reunião. “Eles ofereceram cooperação e o Brasil ainda vai analisar isso”, confirmou outro interlocutor da presidente.

O Brasil não quer discutir o tema compra de 36 caças para Força Aérea Brasileira antes do mês de maio. Oferta semelhante o governo indiano já havia feito para o ministro da Defesa, Celso Amorim, durante visita que ele fez à Índia, em fevereiro.

A presidente Dilma Rousseff, ao sair de uma reunião com empresários na tarde desta sexta-feira, questionada pelos jornalistas se tinha discutido a compra dos Rafale com a índia, preferiu ficar em silêncio.

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Escândalo indiano

Um escândalo tomou conta da imprensa indiana, nos últimos dias, envolvendo a compra dos caças. O próprio comandante do Exército Indiano, general V.K. Singh, encaminhou uma carta diretamente ao ministro da defesa, ministro da Defesa da Índia A.K. Antony, denunciando que havia irregularidades na compra de diversos equipamentos de defesa, que iam de caminhões e chegavam aos caças e a situação crítica de falta de munição e outros meios para a força defender o País. A India sofre com graves problemas de corrupção. Ocorre que a carta do general vazou para a imprensa, o que irritou profundamente o ministro que prometeu “punição máxima” para quem vazou a carta, justificando que quem isso é “um traidor da Pátria”, conforme relatou o jornal The Times of Índia.

O Wall Street Journal, informa que o ministro da defesa indiano afirmou que as negociações de preço do acordo do Rafale poderão levar ainda aproximadamente oito meses. Informou também que haverá “vários outros estágios de escrutínio” antes da finalização para a compra do caça francês.

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