Frentista é levado para delegacia por aumento no preço
Um consumidor acostumado a abastecer no posto percebeu o aumento nos combustíveis e, com uma nota fiscal, registrou boletim de ocorrência
O frentista de um posto de combustível, localizado na Rua Alfredo Pujol, em Santana, na Zona Norte de São Paulo, foi levado à delegacia na manhã desta quarta-feira por aumento dos preços nas bombas de combustível. Segundo o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), na noite desta terça-feira, um consumidor acostumado a abastecer no posto percebeu o aumento nos combustíveis e, com uma nota fiscal, registrou boletim de ocorrência no DPCC na noite de ontem.
As equipes foram para o local no começo da manhã, pois o posto estava fechado desde as 22 horas desta terça-feira. O proprietário e o gerente não foram localizados e o frentista foi conduzido ao DPCC para esclarecimentos.
Será aberto um inquérito policial que investigará o caso. O dono ou o gerente do estabelecimento poderão ser responsabilizados penalmente por crime contra a economia popular, por obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações.
Greve – Desde a noite desta segunda-feira, caminhoneiros autônomos da cidade de São Paulo iniciaram uma paralisação para protestar contra as novas restrições de horário para a circulação na Marginal Tietê. Aproveitando a falta de combustível na cidade, vários postos aumentaram ilegalmente os preços. Em alguns lugares, o litro da gasolina aditivada chegou a custar 5 reais.
Apesar de o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) ter afirmado em entrevista a rádio Estadão ESPN que 100% dos postos da cidade estavam sem combustível, a distribuição já começa a ser retomada em alguns locais. Na manhã desta quarta-feira, o posto localizado na esquina das avenidas Paula Ferreira com a General Edgar Facó foi abastecido com 10.000 litros de gasolina.
Nesta terça-feira, a Justiça de São Paulo determinou, por medida liminar, que os sindicatos que paralisaram a distribuição de combustíveis na capital retomem os serviços. Se descumprirem a ordem judicial, eles terão de pagar uma multa diária de 1 milhão de reais. Apesar da decisão, Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores de Rodoviários de Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam) não garantiu que os caminhoneiros retornarão ao trabalho.
(Com Agência Estado)