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De olho em 2014, Dilma explora imagem de boa gestora

Presidente implanta sistema com câmeras de vigilância e emissão de relatórios semanais para acompanhar e blindar onze áreas prioritárias do governo

Por Da Redação
5 dez 2012, 08h47

Prestes a iniciar a segunda metade de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff pôs onze áreas e 45 projetos do governo na rédea curta para acompanhamento diário. A estratégia inclui 170 câmeras vigiando a prestação de serviços públicos em aeroportos e hospitais. As informações são lançadas no Sistema Informatizado de Monitoramento (SIM) da Presidência da República, de acesso restrito do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios.

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Dilma determinou que seja dada atenção especial ao setor de emergências hospitalares e a projetos relacionados à Copa de 2014. A saúde sempre é apontada em pesquisas como uma das principais deficiências do poder público e a Copa ocorrerá a poucos meses da disputa presidencial, daqui a dois anos. Candidata à reeleição, Dilma trabalha para não ver sua fama de gestora se diluir até lá. Num momento de baixo crescimento da economia, com políticos de oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e até aliados, como o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, apresentando seus nomes para a sucessão de 2014, ela tenta mostrar serviço contra a burocracia. Enfrenta, porém, a lentidão da máquina pública. Responsável pela tarefa de monitoramento, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, nega que projetos emblemáticos, como o trem-bala entre São Paulo e Rio, estejam parados. “Faz tempo que ouço esse discurso. Eu lembro que, quando o governo lançou o Programa de Aceleração do Crescimento, também diziam que estava empacado. O problema é que as pessoas têm uma expectativa de que as coisas se realizem no dia seguinte do lançamento. Nós estamos na área pública e os tempos, muitas vezes, não são os tempos das expectativas”, afirmou Gleisi à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O governo montou, no início do ano, uma equipe de trinta técnicos só para fiscalizar o andamento de cada uma das onze áreas prioritárias. A lista inclui redução da pobreza e superação da miséria, infraestrutura, saúde, educação, segurança e enfrentamento às drogas, cidadania, grandes eventos, tecnologia e comunicação, meio ambiente, gestão, desempenho e competitividade, além de desenvolvimento econômico. Os eixos temáticos são o guarda-chuva que abriga 45 projetos considerados prioritários, como Brasil sem Miséria, Minha Casa Minha Vida e SOS Emergências. Todos aparecem no sistema informatizado com detalhes de cada etapa e prazo a ser cumprido. Se algum prazo “fura”, Gleisi faz a cobrança por telefone. Se o problema não é resolvido no nível técnico, vai “subindo” na hierarquia. Toda sexta-feira, a chefe da Casa Civil recebe uma pasta com os casos mais complicados. “Eu passo o sábado lendo problemas”, diz a ministra, que é pré-candidata do PT ao governo do Paraná. “É um relatório bonitinho, fofinho, que me diz o que era para ter sido feito e não foi.” Dilma recebe um resumo mensal do monitoramento em seu tablet, com os “destaques” do período. O mais recente lembrava que o programa Minha Casa Minha Vida entregaria na terça-feira sua milionésima unidade. Além do boletim, Dilma pode acessar o sistema sempre que quiser saber o estágio de cada ação. De seu computador ela tem como verificar, por exemplo, uma câmera instalada no check-in do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ou a sala de espera do Hospital Metropolitano em Ananindeua, no Pará. “Todo mundo está em alerta, sabendo que a presidente a qualquer momento quer os dados”, disse Gleisi. (Com Estadão Conteúdo)

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