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Comitê rejeita plano da Sabesp e corta água do Cantareira

Com vazão afluente 50% abaixo da mínima histórica, os 182,5 bilhões de litros que estão sendo retirados do "volume morto" podem acabar em 27 de outubro

Por Da Redação
3 jul 2014, 08h05

O comitê anticrise que monitora o Sistema Cantareira rejeitou, pela segunda vez, o plano de contingência apresentado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para operar o manancial pelos próximos cinco meses. Ao mesmo tempo, os órgãos reguladores decidiram reduzir em 8,4% a vazão máxima que a empresa pode retirar das represas para abastecer, hoje, cerca de 7,3 milhões de habitantes da Grande São Paulo.

Agora, até o dia 15 deste mês, a Sabesp não poderá retirar mais do que 19.700 litros por segundo dos quatro principais reservatórios. Esta foi a primeira redução imposta pela Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), do governo paulista, com um limite inferior a que a Sabesp já vinha praticando. Em junho, a empresa retirou, em média, 19.900 litros por segundo. Antes da crise, eram captados 30.000 litros.

Na proposta feita ao comitê, intitulada “Plano de Contingência II”, a Sabesp queria retirar 20,9 mil litros neste mês. Até o fim de novembro, a empresa pleiteava retirada média de 21.200 litros. Em comunicado divulgado na quarta-feira, o grupo técnico “concluiu não ser possível, com o atual volume disponível de 197,5 milhões de m³ (bilhões de litros), o atendimento das vazões pretendidas (pela Sabesp) até o horizonte de planejamento considerado de 30 de novembro de 2014”.

Na prática, os técnicos alegam que, em um cenário no qual o volume de água que chega aos reservatórios do Cantareira tem correspondido a apenas 50% das mínimas históricas, a capacidade disponível hoje no manancial, mesmo com a parcela adicional do chamado “volume morto”, seria insuficiente para atender à quantidade de água pedida pela Sabesp. Junho foi o mês mais seco do manancial em 84 anos, com vazão afluente 46% inferior à pior já registrada.

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Cálculos – O grupo pediu para que a Sabesp faça uma “reavaliação”. Em maio, técnicos do comitê pediram que a empresa usasse um cenário mais “desfavorável” nas projeções. Segundo cálculo da Sabesp, com vazão afluente 50% abaixo da mínima histórica, os 182,5 bilhões de litros que estão sendo retirados do “volume morto” podem acabar em 27 de outubro.

A Sabesp solicitou aos órgãos reguladores a retirada de mais 100 bilhões de litros da reserva profunda (4o0 bilhões no total). O pedido ainda é analisado. Em nota, a Sabesp afirma que “as vazões determinadas pelos órgãos reguladores são suficientes para garantir o abastecimento da população da Grande São Paulo até meados de março de 2015”.

(Com Estadão Conteúdo)

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