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Com Serra como candidato oficial, tucanos vão ao ataque

Após prévia que escolheu indicado do partido à Prefeitura de SP, tucanos criticam PT por fisiologismo e falam que Haddad é 'candidato de laboratório

Por Carolina Freitas
25 mar 2012, 20h56

O anúncio do resultado das prévias municipais do PSDB que consagraram José Serra, na capital paulista, neste domingo, foi transformado em ato político de manifestação de unidade no partido e, ao mesmo tempo, ataque aos adversários petistas. O governador paulista, Geraldo Alckmin, foi o primeiro a alfinetar o candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. “O PSDB não tem democracia só no nome, mas também no DNA. Não escolhemos candidato criado no laboratório ou tirado do bolso de ninguém.” Haddad foi apontado candidato pelo condão do chefe do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O próprio Serra disparou mais críticas à prática do PT à frente do Executivo ao falar sobre as parcerias que a chapa tucana vai buscar até as eleições. “Temos de estar muito abertos para alianças; aliança de verdade, não aliança em torno de interesses imediatos que levam à paralisia da administração, como ameaça acontecer na esfera federal”, disse. Foi uma referência à crise na base aliada, que vem implicando em derrotas ao governo no Congresso. Os aliados chantageiam a presidente por cargos e pela liberação de emendas. “Hoje temos um grau de mobilização muito alto para empreender uma campanha vitoriosa”, disse Serra.

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A prioridade de Serra, agora, será construir um arco de alianças em torno de seu nome. Ele já conta com o apoio irrestrito de seu afilhado Gilberto Kassab (PSD), prefeito da cidade. As negociações estão avançadas com DEM e PV. O desafio dos tucanos é conquistar partidos que, no âmbito federal, apoiam o governo de Dilma Rousseff, como PR, PTB, PDT e PSB. Ainda nesta semana, Serra marcará reuniões com possíveis aliados. Neste domingo, ele explicou a natureza das coligações que pretende fazer.

Uma das estratégias de campanha de Serra será evidenciar seu perfil de gestor e suas realizações como prefeito e governador em São Paulo. Acima de tudo, ele tentará diferenciar para o eleitor o estilo tucano e o estilo petista de governar. “Eles se especializaram na gritaria, na conversa mole, na cooptação e no uso da máquina para interesses próprios”, disse Serra. “Nós nos especializamos em atender o interesse público.” Serra repetiu também que recebeu a Prefeitura paulista em péssimas condições da antecessora Marta Suplicy, “Tinha fila de credores na porta e 73.000 alunos em escola de lata”, disse Serra. “Um ano depois, recuperamos uma cidade falida.”

Assim que foi declarada a vitória serrista, os ex-adversários José Aníbal e Ricardo Tripoli, que disputaram as prévias, declararam imediato apoio a Serra. “Conclamo meus companheiros a, após um justo descanso, reiniciar o trabalho”, disse Aníbal. “Desejo a Serra uma boa campanha e uma boa vitória para todos nós.” Tripoli relembrou uma promessa feita logo no início da pré-campanha, de apoiar o candidato vencedor caso não ganhasse, e afirmou: “Serra prefeito de São Paulo!”

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Entre sorrisos e elogios mútuos, os três pré-candidatos deram as mãos e ergueram os braços diante de cerca de 500 militantes que foram à Câmara de Vereadores acompanhar a apuração das prévias. No total, 6.229 filiados ao PSDB foram às urnas neste domingo, em 58 locais de votação espalhados pela cidade.

Serra obteve 52,1% dos votos – percentual inferior ao esperado pelo comando da pré-campanha, mas considerado satisfatório. Os articuladores da campanha do ex-governador se reúnem nesta noite na casa dele, no Alto de Pinheiros, para planejar pontos estratégicos da cidade a serem visitados nesta semana.

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