O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou neste domingo, 11, o governo russo por ter incendiado instalações da usina nuclear de Zaporizhzhia, localizada no sul do país ucraniano. As informações foram divulgadas pela agência Reuters.
Em uma publicação no Twitter, atual X, Zelensky afirmou que os indicadores de radiação estavam normais, apesar de a usina estar sob domínio da Rússia, chamado por ele de terrorista. “Enquanto os terroristas russos mantiverem o controle sobre a usina nuclear, a situação não é e não pode ser normal. A Rússia tem usado a usina de Zaporizhzhia apenas para chantagear a Ucrânia, toda a Europa e o mundo”, destacou no post.
Uma autoridade local responsável pela vigilância da usina teria dito que havia informações não oficiais de que as forças russas tinham ateado fogo em um grande número de pneus colocados próximos às torres de resfriamento. Já um funcionário instalado pela Rússia na região rebateu as acusações. Disse que a foi a Ucrânia quem iniciou o incêndio, bombardeando a cidade de Enerhodar, vizinha a Zaporizhizhia. O governo russo comunicou que a usina “sofreu sérios danos pela primeira vez” em razão de ataques promovidos por drones ucranianos.
Ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), a agência nuclear da entidade declarou que seus especialistas detectaram uma fumaça forte e escura vindo da área norte da usina. A fumaça surgiu após uma série de explosões ocorridas neste domingo. “A equipe foi informada de um suposto ataque de drone hoje em uma das torres de resfriamento localizadas no local. Nenhum impacto foi relatado para a segurança nuclear”, escreveu a agência no X.
Admissão de ataque
Mais cedo, Zelenski admitiu pela primeira vez ter mandado seu exército atacar a Rússia. A Ucrânia fez um ataque surpresa na terça-feira, avançando pela região ocidental de Kursk. Em vídeo publicado no sábado, o presidente ucraniano agradeceu suas tropas e disse que o exército estava “levando a guerra para o território do agressor”. “A Ucrânia está provando que pode restaurar a justiça e garantir a pressão necessária sobre o agressor”, afirmou.