A Agência Nacional de Gestão de Desastres da Indonésia disse nesta segunda-feira, 4, que pelo menos 10 pessoas morreram devido a uma série de erupções vulcânicas na remota ilha de Flores.
A explosão no Monte Lewotobi Laki Laki, logo após a meia-noite, expeliu uma nuvem grossa de fumaça que chegou a 2.000 metros de altura. Cinzas quentes atingiram vilas próximas ao vulcão, queimando várias casas, incluindo um convento de freiras católicas. Uma freira na vila de Hokeng morreu e outra estava desaparecida, segundo a Fundação Saint Gabriel, que supervisiona conventos na ilha.
A Agência de Gestão de Desastres afirmou que ainda está coletando informações sobre o número de vítimas e a extensão dos danos, já que a mídia local reportou que mais pessoas foram soterradas devido ao desabamento de suas casas.
Sinais do subterrâneo
A agência de monitoramento de vulcões da Indonésia aumentou o status de alerta do vulcão para o nível mais alto da escala. Também aumentou em mais de duas vezes a chamada “zona de exclusão” ao redor da montanha, para um raio de 7 km.
A agência disse que pelo menos 10 mil pessoas foram afetadas pela erupção no distrito de Wulanggitang, concentradas nas seis aldeias mais próximas do vulcão – Pululera, Nawokote, Hokeng Jaya, Klatanlo, Boru e Boru Kedang. Lava e cinzas viajaram até 6 km da cratera, cobrindo vilas e cidades próximas com toneladas de detritos e forçando moradores a fugir.
Esta é a segunda erupção da Indonésia em poucas semanas. O Monte Marapi, na província de Sumatra Ocidental, um dos vulcões mais ativos do país, entrou em atividade em 27 de outubro, expelindo grossas colunas de cinzas pelo menos três vezes e cobrindo vilas próximas com detritos. Na ocasião, porém, nenhuma vítima foi registrada.