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Viktor Orbán faz visita surpresa a Kiev para reunião com Zelensky

Foi a primeira visita do premiê húngaro, considerado pró-Putin, à Ucrânia desde o início da guerra contra a Rússia

Por Da Redação
Atualizado em 2 jul 2024, 10h15 - Publicado em 2 jul 2024, 09h45
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  • O primeiro-ministro da Hungria fez uma visita surpresa a Kiev nesta terça-feira, 2, para uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Esta é a primeira viagem do líder europeu, considerado pró-Rússia, à capital da Ucrânia desde o início da guerra, há mais de dois anos.

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    A visita de Orbán, crítico ferrenho da ajuda militar e financeira da União Europeia à Ucrânia, ocorreu um dia depois da Hungria assumir a presidência rotativa do bloco até ao final do ano, para consternação de muitos outros políticos europeus. Os frequentes confrontos do país com Bruxelas sobre questões internas de Estado de direito e política externa tornaram o premiê húngaro uma dor de cabeça para os 27 Estados-membros.

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    “As conversas serão centradas nas possibilidades de alcançar a paz, bem como nas questões das relações bilaterais húngaro-ucranianas”, escreveu o porta-voz de Orbán, Zoltán Kovács, no X, antigo Twitter.

    Laços com a Rússia

    A Hungria tem estado em desacordo com outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre o cultivo de laços estreitos com a Rússia por parte de Orbán, bem como sua recusa em enviar armas para a Ucrânia. Em maio, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, chamou os planos para ajudar o país devastado pela guerra de uma “missão maluca”.

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    O Kremlin minimizou a visita de Orbán a Kiev, afirmando na terça-feira que não “esperava nada” da viagem. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que o líder húngaro estava apenas “cumprindo os seus deveres” como parte da presidência do país na União Europeia. Acrescentou que Moscou não esteve em contato com Budapeste antes da viagem e elogiou Orbán como “um político que defende fortemente os interesses do seu país”.

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    Budapeste mantém canais abertos com Moscou. O chanceler, Szijjártó, fez pelo menos cinco viagens à Rússia desde o início da guerra, mais recentemente para participar de um fórum econômico em São Petersburgo, no mês passado.

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    Diferenças com a Otan

    A Hungria disse em junho que não bloquearia as decisões da Otan sobre o fornecimento de apoio à Ucrânia, desde que Budapeste não estivesse envolvida nas transferências de armas e fundos.

    Recentemente, Orbán também declarou apoio a Mark Rutte para se tornar o próximo chefe da aliança militar ocidental – com a mesma ressalva, de que as forças e os recursos financeiros da Hungria não devem ser direcionados à Ucrânia.

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    Ucranianos húngaros

    De acordo com a mídia húngara, o interesse na visita a Kiev surgiu após longas negociações sobre a questão dos direitos da minoria ucraniana de língua húngara, que vive no extremo oeste da Ucrânia, perto da fronteira dos dois países.

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    “Foi uma pré-condição para a reunião que a questão dos direitos de nacionalidade fosse resolvida. Nas últimas semanas, um acordo foi alcançado”, disse um diplomata em Budapeste.

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    Embora os direitos de nacionalidade tenham sido uma das queixas mais veementes de Budapeste no que diz respeito à Ucrânia, críticos de Orbán o acusam de usar a questão como cortina de fumaça para se manter afastado do país e próximo da Rússia durante a guerra.

    Ele e Zelensky entraram em conflito inúmeras vezes desde o início da invasão. Orbán incluiu o presidente ucraniano numa lista de “oponentes” que supostamente conspiraram contra ele e apoiaram a oposição, enquanto Zelensky criticou pessoalmente o líder húngaro pela sua falta de apoio a Kiev após a invasão russa.

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