Vice-presidente do Iraque: ‘condenação à morte é honra’
Tareq al Hashemi reafirma sua inocência após julgamento à revelia em Bagdá
O vice-presidente do Iraque Tareq al Hashemi voltou a defender nesta segunda-feira sua inocência e disse que foi uma ‘honra’ ter sido condenado à morte no domingo pela Justiça iraquiana. Após um julgamento realizado sem a sua presença, Hashemi foi considerado culpado pelo assassinato de uma advogada e um general e o Tribunal de Bagdá o sentenciou à morte.
“É uma prova da minha inocência. É o preço que querem que pague pelo meu amor ao meu país”, disse Hashemi em entrevista coletiva na Turquia, onde está exilado desde abril. Segundo ele, a sentença de morte não o impedirá de continuar seu trabalho como vice-presidente, posto para o qual foi escolhido pelo Parlamento e do qual ainda não foi formalmente destituído.
Hashemi se declarou inocente e acrescentou que estava disposto a enfrentar um julgamento, desde que de maneira imparcial. O vice-presidente, no entanto, alegou que a justiça do Iraque está sob domínio de seu rival político, o primeiro-ministro Nouri al-Maliki. O exilado acredita que foi nomeado graças ao apoio que sua formação, o Partido Islâmico Iraquiano, recebeu dos eleitores, e que não deve seu cargo ao primeiro-ministro.
Apesar da situação, Hashemi fez um apelo contra a violência. “Os que me querem não devem recorrer às armas. Um dia serão aplicadas as reformas que desejamos. O governo é injusto com seu povo e Maliki se transformou no símbolo da opressão do Iraque”, afirmou. Além disso, o político pediu que a comunidade internacional e a ONU se preocupem com os milhares de iraquianos presos, ressaltando que as nações vizinhas não deveriam interferir nos assuntos internos de seu país.
(Com agência EFE)