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Vereador de Tóquio pede desculpas por mandar colega ‘arrumar marido’

Político é do partido governante e suas declarações constrangeram o governo japonês, que tem um plano para incluir mais mulheres no mercado de trabalho

Por Da Redação
23 jun 2014, 10h15
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  • Um vereador do partido governante do Japão pediu desculpas nesta segunda-feira por dizer a uma colega de Tóquio que “arrumasse um marido”, em um incidente que constrangeu o governo em meio a um grande esforço para aumentar a força de trabalho feminina. A vereadora Ayaka Shiomura, de 35 anos, estava falando sobre medidas para apoiar a criação das crianças e aumentar a fertilidade no país, durante sessão da Câmara na semana passada, quando colegas homens a interromperam com frases como “se apresse e case-se logo” e “você não pode dar à luz?”.

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    O vereador Akihiro Suzuki, que havia anteriormente negado ter feito tais comentários, pediu desculpas em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira e classificou seus comentários de “inapropriados”. “Eu não fiz os comentários com nenhuma intenção de insultar a vereadora Shiomura”, disse o legislador de 51 anos. “Eu reconheço que há mulheres que querem se casar e não podem, e aquelas que querem ter filhos e não podem. Meus comentários não se preocuparam com pessoas como essas”, disse.

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    As declarações indignaram o Japão e também irritaram representantes do Partido Liberal Democrático, do primeiro-ministro Shinzo Abe, já que foram feitos num momento em que o governo se prepara para anunciar planos econômicos que incluem aumentar a força de trabalho feminina, em uma sociedade onde muitos acreditam que o lugar delas ainda é em casa. Suzuki, que se encontrou com Ayaka Shiomura para pedir lhe desculpas pessoalmente, disse ter deixado o partido, mas afirmou que permanecerá na Câmara Municipal de Tóquio para “ajudar a melhorar a situação aqui”.

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    Ayaka disse a repórteres que sentiu “algum alívio”, mas esperava que os outros provocadores também se apresentassem. Abe vem há tempos tomando medidas para mobilizar a força de trabalho feminina para revitalizar a economia e compensar a crescente escassez de mão de obra. Seu plano de reforma econômica, que deve ser apresentado nesta terça-feira, terá como meta o aumento na proporção de mulheres que ocupam cargos de gerência de 7,5% no ano passado para 30% em 2020, bem como a criação de 400.000 novas vagas de creches para que as mulheres possam criar os filhos e trabalhar.

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    As mulheres no Japão são frequentemente encorajados a deixar seus empregos depois de ter filhos e muitas que trabalham têm entre suas incumbências tarefas subalternas, como ter de servir chá aos colegas do sexo masculino.

    (Com agência Reuters)

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