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Venezuela segue repressão e prende youtuber por ‘terrorismo’

Prisão de Oscar Alejandro Pérez em aeroporto de Caracas levanta preocupações sobre liberdade de expressão no país

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h38 - Publicado em 1 abr 2024, 16h14
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  • O youtuber venezuelano Oscar Alejandro Pérez, figura de oposição ao regime de Nicolás Maduro que acumula mais de 2 milhões de seguidores, foi preso neste domingo, 31, em Caracas sob acusações de “terrorismo”. A prisão ocorre em um momento que a Venezuela intensifica a repressão à liberdade de expressão antes das próximas eleições, prevista para 28 de julho.

    Pérez estava prestes a viajar para o parque nacional Canaima, uma vasta extensão de floresta e montanhas no sul. No entanto, antes de embarcar, ele foi detido no aeroporto pela polícia.

    “De acordo com os relatórios preliminares disponíveis, a prisão está ligada a acusações de atividades relacionadas com o terrorismo”, diz um comunicado divulgado por familiares do influenciador. Apesar de Pérez residir em Miami, nos Estados Unidos, ele visitava com frequência a Venezuela.

    De acordo com a família do youtuber, uma audiência está prevista para segunda. Eles esperam que o governo “esclareça os detalhes da situação e garanta um tratamento justo de acordo com os direitos legais de Oscar Alejandro”.

    Após o anúncio da prisão de Pérez, os apoiadores de Maduro compartilharam um pequeno clipe que foi retirado de um dos vídeos do blogueiro, no qual ele parece zombar da fragilidade do sistema financeiro da Venezuela.

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    Nos últimos tempos, o governo da Venezuela tem utilizado cada vez mais “terrorismo” como um termo genérico para prender figuras da oposição, em uma repressão acelerada como parte da tentativa de silenciar discussões políticas por meio de uma intimidação.

    A opositora Maria Corina Machado foi forçada a se retirar da disputa presidencial depois de dois do seus assessores terem sido presos. Ela foi substituída pela filósofa Corina Yores, de 80 anos, que também foi impedida de participar da corrida pelo órgão eleitoral da Venezuela.

    Em fevereiro, Maduro também baniu um escritório de direitos humanos das Nações Unidas após a organização ter criticado a prisão de um advogado e especialista militar.

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