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Venezuela: polícia viola autonomia universitária e faz 35 feridos

Guarda Nacional Bolivariana viola a constituição da Venezuela e enfrenta estudantes que se manifestavam contra o governo dentro de universidades

Por Por Angela Nunes
Atualizado em 6 abr 2017, 08h20 - Publicado em 5 abr 2017, 22h37
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  • A dura repressão às manifestações de oposição ao governo de Nicolás Maduro atingiu nesta quarta-feira diversas universidades do país, deixando 35 feridos. A ação da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) viola a constituição da Venezuela, que garante a autonomia universitária e determina que forças de ordem pública só podem entrar nestas instituições caso a própria universidade solicite sua presença. “Eles violaram a lei e reprimiram os estudantes com extrema violência”, afirmou o advogado venezuelano Mario Guillermo Massone.

    Os confrontos ocorreram na Universidade Experimental de Táchira, que fica na cidade venezuelana de San Cristóbal e teve 21 universitários feridos, e na Universidade de Carabobo, em Valencia, com 14 agredidos. Também foram registrados choques com a GNB na Universidade Católica Andrés Bello e na Univesidade del Zulia (LUZ)

    Andrés Molina, diretor da UNET, contou que os policiais dispararam tiros de escopeta e gás lacrimogênio para reprimir as manifestações na universidade.  Os estudantes os enfrentaram com paus, pedras e fogos de artifício.

    Durante a tarde, em áudio, a reitora da universidade Carabobo, Jessy Divo divulgou que “a Guarda Nacional Bolivariana, sem permissão das autoridades, entrou no campus e se encontra disparando contra nossos estudantes, trabalhadores e professores”.

    A violência foi registrada nas redes sociais:

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    Os protestos contra o governo de Maduro vêm se agravando desde a semana passada em função da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que assumiu temporariamente as funções do poder legislativo. Novas manifestações estão marcadas para essa quinta-feira. O maior deve acontecer em Caracas. “Certamente terá muita gente. Os manifestantes sairão de sete lugares distintos, cada um batizado com o nome de um dos juízes do TSJ, para se concentrar na Avenida Francisco Farjado, na região central. Reuniremos-nos em frente a uma instalação militar que fica nesta avenida, pois queremos ter certeza de que seremos ouvidos”, diz Massone. Segundo o advogado, no entanto, a adesão espontânea da população está aumentando e muitos dos protestos ao redor do país estão acontecendo sem a organização da oposição.

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