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Venezuela expulsa embaixador da Alemanha por apoio a Guaidó

Diplomata recebeu líder opositor no aeroporto de Caracas nesta segunda-feira; governo de Maduro criticou interferência em assuntos internos

Por Da redação
Atualizado em 6 mar 2019, 16h17 - Publicado em 6 mar 2019, 14h42

O governo do ditador Nicolás Maduro declarou que o embaixador da Alemanha na Venezuela, Daniel Martin Kriener, é considerado “persona non grata” no país. No jargão diplomático, a decisão anunciada nesta quarta-feira, 6, significa que o embaixador alemão foi expulso do país. O governo Maduro alega que ele cometeu “recorrentes atos de ingerência” e deu um prazo de 48 horas para que o diplomata deixe o território venezuelano.

A decisão foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores venezuelano depois de o diplomata alemão ter recebido na segunda-feira 4 o líder opositor Juan Guaidó no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Caracas, junto com outros embaixadores.

O líder do Parlamento se autoproclamou presidente interino do país em 23 de janeiro e recebeu o apoio de pelo menos 50 nações de todo o mundo. Gauidó retornou à Venezuela esta semana depois de um tour por vários países da América do Sul em busca de apoio para seu governo.

Em uma declaração aos jornalistas, o embaixador alemão disse que os representantes diplomáticos que compareceram ao aeroporto buscam “uma saída pacífica para a crise da Venezuela” e que seu papel neste momento “poderia ajudar” a abrir passagem a essa “saída pacífica negociada”.

Embora a Chancelaria venezuelana não tenha feito menção a este fato, afirmou em comunicado que “considera inaceitável que um representante diplomático estrangeiro exerça, em seu território, um papel público mais próprio de um dirigente político com a agenda de conspiração de setores extremistas da oposição”.

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Além disso, acrescentou que as atividades de Kriener “transgridem” as normas essenciais das relações diplomáticas.

O governo de Maduro aproveitou também para advertir que não permitirá “ações de representantes diplomáticos que sejam uma intromissão em assuntos” da Venezuela.

O governo manifestou ainda sua disposição de manter “uma relação de respeito e de cooperação com todos os Governos da Europa”, mas considera que para isso é “indispensável a adoção de uma atitude de equilíbrio construtivo que (…) facilite uma solução pacífica e dialogada entre os atores políticos venezuelanos”.

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A Alemanha está entre os mais de 50 países que reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Outros muitos países da União Europeia (UE), como França, Reino Unido, Portugal e Espanha, também legitimaram o governo do opositor.

Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão confirmou que a Venezuela havia expulsado o embaixador.

(Com EFE e Reuters)

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