A Venezuela qualificou neste domingo como “absolutamente inaceitável e injustificável” que funcionários do governo dos Estados Unidos tenham se reunido em segredo com militares venezuelanos rebeldes para organizar um golpe de Estado.
“É absolutamente inaceitável e injustificável que funcionários do governo de Donald Trump participem de reuniões para encorajar e promover ações violentas de setores extremistas a fim de atentar contra a democracia venezuelana”, afirmou em sua conta no Twitter o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
“A Venezuela reitera sua denúncia e condena as contínuas agressões promovidas diretamente pelo governo dos EUA contra o presidente constitucional Nicolás Maduro, democraticamente eleito e reeleito por ampla margem eleitoral em maio deste mesmo ano”, acrescentou.
O jornal The New York Times revelou neste sábado (8) que funcionários do governo de Donald Trump se reuniram secretamente com militares venezuelanos para discutir a derrubada de Maduro.
Segundo a reportagem, que cita funcionários americanos e a um ex-comandante militar venezuelano, o governo dos Estados Unidos realizou vários encontros secretos com militares contrários ao presidente. As reuniões terminaram sem que os Estados Unidos decidissem apoiar os rebeldes.
Apesar de não negar a informação publicada pelo NYT, Washington adotou um tom conciliador e expressou sua “preferência” por uma “volta à democracia na Venezuela” de forma “pacífica e ordenada” durante o final de semana.
Depois que drones carregados de explosivos foram detonados perto de Maduro em um ato em 4 de agosto em Caracas, o presidente atribuiu a tentativa de ataque aos Estados Unidos, à Colômbia e a seus inimigos domésticos.
O Departamento de Estado americano condenou a “violência política” mas também denunciou prisões arbitrárias e confissões forçadas de suspeitos por parte do governo da Venezuela.
(Com EFE)