Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Venezuela dá 72 horas para que embaixadora da União Europeia deixe o país

Medida apresentada pelo chanceler Jorge Arreaza nesta quarta-feira foi adotada após novas sanções do bloco contra funcionários e autoridades venezuelanos

Por Da Redação 24 fev 2021, 15h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O governo da Venezuela declarou persona non grata e expulsou a embaixadora da União Europeia em Caracas, Isabel Brilhante, lhe dando o prazo de 72 horas para que deixe o país, após novas sanções do bloco contra 19 funcionários e autoridades venezuelanos. O anúncio da retaliação foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, nesta quarta-feira, 24.

    “Hoje, por decisão do presidente Nicolás Maduro, entregamos nas mãos da senhora Isabel Brilhante a declaração de persona non grata”, disse Arreaza à imprensa após uma reunião com a diplomata em Caracas. “Foi dado um prazo de 72 horas para abandonar o território venezuelano”, acrescentou.

    Na última segunda-feira, a União Europeia aprovou novas sanções contra a Venezuela, acrescentando 19 pessoas à lista de sancionados. Ao todo, a lista inclui 55 pessoas, incluindo a vice-presidente, Delcy Rodriguez, e o “número dois” de Maduro, Diosdado Cabello.

    A decisão do bloco foi tomada apesar de recomendações das Nações Unidas, emitidas há duas semanas, para que EUA e Europa suspendessem as sanções econômicas contra a Venezuela, que estariam “agravando a crise humanitária no país”. O argumento foi classificado por parte da oposição venezuelana como “propaganda para o regime”.

    Nesta quarta-feira, em acordo aprovado por unanimidade, a Assembleia Nacional, de maioria chavista, pediu ao governo do presidente Nicolás Maduro para “proceder à execução desta declaração, assim como o estabelecimento dos mecanismos diplomáticos destinados a concretizar a expulsão da embaixadora”.

    Continua após a publicidade

    https://twitter.com/CancilleriaVE/status/1364601047185055746?s=20

    Durante a votação, o presidente da casa, Jorge Rodríguez, disse que levantaria as duas mãos para votar e pedir que Brilhante fosse declarada persona non grata. Durante o discurso, Rodríguez também comentou que sente desgosto por haver pessoas que se tornaram viciadas em sanções.

    O texto, aprovado rapidamente, também pede ao governo que reveja o acordo de funcionamento pelo qual autorizou a abertura do gabinete da União Europeia na Venezuela. De acordo com o documento o gabinete “tem desrespeitado as regras internas, interferindo nos assuntos internos do país e adotando medidas coercitivas unilaterais e ilegais que têm prejudicado profundamente o povo venezuelano”.

    Jorge Arreaza entregou o documento com a comunicação das decisões à diplomata pouco depois que o Legislativo determinou que o Executivo adotasse a medida, por considerar que União Europeia cometeu ingerência em assuntos internos no país.

    Continua após a publicidade

    “Que a Europa deixe de ser um apêndice da elite dominante dos Estados Unidos e que passe a tomar decisões próprias respeitando o Direito Internacional. Que eles aprendam a respeitar os países soberanos, livres e independentes como a Venezuela”, disse o chanceler em publicação em sua conta no Twitter.

    É a segunda vez em menos de um ano que a Venezuela expulsa o representante da UE por conta de sanções. Em meados de 2020, porém, Caracas anulou a decisão após uma tentativa de manter relações diplomáticas com o bloco.

    O bloco não reconhece as eleições parlamentares de 6 de dezembro, marcadas pela ausência de candidatos de boa parte dos partidos da oposição, por considerar que não cumpriram os padrões democráticos. As eleições também não foram reconhecidas por Estados Unidos e por grande parte dos países da América Latina.

    A troca do poder da última instituição do país que não era controlada pelos chavistas representa uma consolidação do alcance de Maduro. A oposição terá um comitê para enfrentar a Assembleia Nacional após cinco anos de luta para enfraquecer o líder venezuelano, mas a mudança no comando do congresso coloca um fim simbólico a essa disputa.

    Continua após a publicidade

    Apesar das sanções, os 27 Estados-membros da União Europeia deixaram de reconhecer em janeiro o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Segundo o bloco, Guaidó agora serve apenas como um “interlocutor”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.