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Venezuela abate avião com dois traficantes brasileiros

A aeronave foi derrubada no domingo, com mais de 600 tabletes de cocaína a bordo. Apesar do incidente, setores da Venezuela são acusados de envolvimento com o tráfico

Por Da Redação
29 Maio 2015, 09h04
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  • Um avião com dois traficantes brasileiros a bordo foi abatido pela Força Aérea Venezuelana na madrugada do último domingo (24) no espaço aéreo do país vizinho, divulgou o Ministério para Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela. Klender Hideo de Paula Ida, de 24 anos, e Fernando César Silva Da Graca, de 32, morreram no local e mais de 600 tabletes de cocaína foram encontrados na aeronave.

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    O avião bimotor modelo Embraer EMB-820C, de prefixo PT-RCN, segundo reportagem da Folha de S. Paulo teria partido da Colômbia com a cocaína e se dirigia para alguma ilha do Caribe para depois levar a droga para os Estados Unidos ou para a Europa. A aeronave foi derrubada no município de Ricaurte, no Estado venezuelano de Cojedes. Ele estava sendo pilotado por Klender Hideo, segundo autoridades. De acordo com informações, a família de Klender estava sem notícias do piloto há vários dias.

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    Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, Ascanio Irwin, presidente do Escritório Nacional Antidrogas da Venezuela, contou que a Força Aérea Venezuelana solicitou a identificação do avião, mas não obteve resposta. De acordo com Irwin, a aeronave conseguiu despistar os dois caças que o seguiam, auxiliados pelo mau tempo, e passou a voar em baixa altitude, sumindo dos radares. Só quase 3 horas depois é que os caças avistaram a aeronave brasileira novamente, abatendo-a por volta de 0h40 de domingo.

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    No local da queda dos destroços, os corpos já estavam parcialmente carbonizados, mas documentos, como Carteira Nacional de Habilitação e passaportes dos dois brasileiros, foram encontrados, assim como 500 dólares, 1.700 pesos colombianos e uma quantia não informada em reais. Ao todo, 616 tabletes de cocaína também estavam no avião. Também foi comprovado que a aeronave tinha um prefixo venezuelano falso “colado” em cima da identificação oficial.

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    Desde 2012 vigora na Venezuela a Lei de Controle para a Defesa Integral do Espaço Aéreo, que ampara legalmente ações contra aviões não identificados e considerados “hostis”. Segundo o próprio presidente Nicolás Maduro, a Venezuela já abateu 30 aviões usados pelo narcotráfico. Apesar do combate às aeronaves de traficantes, uma investigação nos EUA e especialistas em luta antidroga ressaltam que a Venezuela se tornou a principal rota de escoamento da cocaína produzida na América do Sul. Segundo a investigação americana, há altos funcionários do governo envolvidos com o narcotráfico.

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    Conexão Bolívia-Venezuela-Espanha – Em maio, reportagem de VEJA revelou que o partido espanhol de esquerda Podemos foi financiado pela Venezuela e pela Bolívia para facilitar a entrada de cocaína na Europa através da Espanha. De acordo com um relatório secreto de 34 páginas assinado pelo coronel boliviano Germán Cardona Álvarez, cocaína peruana e boliviana partem da Bolívia para a Venezuela em aviões militares, “os quais, por serem oficiais de um Estado, não podem ser interceptados no espaço aéreo internacional”.

    As aeronaves Hércules C-130 deixam a Venezuela com armamento militar e retornam carregadas de cocaína e veículos que chegam à Bolívia depois de ser roubados no Brasil. Em Caracas, a droga é lá levada a outros destinos. Dentro desse esquema, diz o relatório, há seis anos, Hugo Chávez, o atual presidente Maduro e o boliviano Evo Morales usaram uma organização chamada Centro de Estudos Políticos e Sociais (Ceps) para financiar o Podemos, da Espanha.

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    (Da redação)

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