A variante ômicron já é a mais contagiosa do coronavírus nos Estados Unidos, representando 73,2% dos novos casos entre o último dia 12 e o último sábado, 18, de acordo com dados divulgados na segunda-feira pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Além disso, ao menos uma pessoa morreu no país em decorrência da nova cepa.
Segundo o CDC, a ômicron já superou a variante delta, até então a cepa mais ativa no país, que foi responsável por 26,6% das novas infecções dentro do mesmo período. Altamente transmissível, a ômicron era responsável por apenas 12,6% dos casos na semana que terminou em 11 de dezembro, em comparação com os 87% da delta.
Também nesta segunda, o serviço de saúde pública do Condado de Harris, no Texas, confirmou a morte de um homem que foi contaminado pela ômicron. De acordo com comunicado, o indivíduo não havia se vacinado e já havia testado positivo para a Covid-19 anteriormente. Ele tinha por volta de 50 anos.
Em algumas partes dos EUA, a porcentagem de casos de ômicron na semana de 12 a 18 de dezembro é ainda maior do que a média nacional, subindo para mais de 90% na região noroeste, em estados como Washington, Oregon e Idaho; e na região sudeste, em lugares como Flórida, Geórgia, Alabama e Carolina do Sul.
A divulgação do aumento de casos foi feita na véspera de um discurso do presidente americano, Joe Biden, sobre a situação da Covid-19. Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, ele não pretende “trancar o país” ou declarar novas restrições duras no discurso previsto para esta terça-feira.
“É um discurso para delinear e ser direto e claro com o povo americano sobre os benefícios de ser vacinado, as medidas que vamos tomar para aumentar o acesso e aumentar os testes”, disse a porta-voz.
No entanto, com o aumento de casos e de pessoas hospitalizadas com a doença nas últimas semanas, algumas cidades americanas anunciaram novas restrições.
Em Washington, o prefeito Muriel Bowser impôs uma nova obrigação do uso de máscaras faciais em locais públicos fechados a partir desta terça-feira, depois que a cidade experimentou o maior número de infecções diárias desde o início da pandemia.
Em Nova York, o mandatário Bill de Blasio não descartou o cancelamento das festividades de Ano Novo em Times Square. Na semana passada, a taxa de casos positivos na cidade dobrou em apenas três dias, em meio às preocupações com as festas de final de ano, quando as pessoas passam mais tempo em espaços fechados, fazendo compras, se reunindo com familiares e amigos ou visitando pontos turísticos.
Ao menos uma dúzia de restaurantes e bares fecharam temporariamente por casos entre funcionários, segundo levantamento do New York Times. Também na semana passada, testes positivos entre membros do elenco e da produção de espetáculos da Broadway forçaram o cancelamento de uma série de performances.
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