A União Europeia divulgou nesta quarta-feira, 18, um plano de 210 bilhões de euros para acabar com sua dependência de combustíveis fósseis russos até 2027. A estratégia da comissão é acelerar a transição de países europeus para a energia verde.
+ O plano da Europa para deixar de depender do petróleo e gás russos
A invasão da Ucrânia pela Rússia, principal fornecedor de gás da Europa, levou a União Europeia a repensar suas políticas energéticas. Em meio às reiteradas sanções impostas ao Kremlin, os países europeus decidiram romper a dependência dos combustíveis fornecidos pelo país governado por Vladimir Putin.
Antes da guerra, a Rússia fornecia 40% do gás do bloco e 27% de seu petróleo importado. Para afastar os países desses combustíveis, Bruxelas propôs um plano de três frentes: importação de mais gás de outros fornecedores, implantação mais rápida de energia renovável e mais esforços para economizar energia.
Lançando metas ambiciosas, a Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, propôs que os países do bloco obtenham 45% da energia a partir de fontes renováveis até 2030, substituindo sua proposta atual de 40%. Isso faria com que a UE mais do que dobrasse sua capacidade de energia renovável para 1.236 gigawatts até 2030, e seria auxiliada por uma lei que simplifica a implementação de projetos eólicos e solares.
Os 27 Estados-membros da união planejam investir na nova política energética em torno de 210 bilhões de euros até 2027 e 300 bilhões de euros até 2030. Esses valores não incluem a verba destinada ao cumprimento da meta climática do bloco em 2030, que contempla 86 bilhões de euros para energia renovável, 27 bilhões para infraestrutura de hidrogênio, 29 bilhões de euros para redes elétricas e 56 bilhões de euros para economia de energia e bombas de calor.
A Comissão recomendou que os países do continente financiem as medidas usando o “fundo de recuperação Covid-19” de 800 bilhões de euros disponibilizados pela união. O plano irá passar pela aprovação dos países e legisladores da UE.
Em uma corrida para cortar o fornecimento de gás russo a curto prazo, espera-se que a demanda da Europa em relação à Rússia caia 30% até 2030. Por enquanto, os países dependem do combustível para aquecer residências, fornecer energia à indústria e produzir eletricidade.
![O chanceler alemão Olaf Scholz fala com a presidente da Comissão Europeia Ursula Von der Leyen na cúpula do Mar do Norte sobre energia eólica offshore no porto de Esbjerg, oeste da Dinamarca, em 18 de maio de 2022. O chanceler alemão Olaf Scholz fala com a presidente da Comissão Europeia Ursula Von der Leyen na cúpula do Mar do Norte sobre energia eólica offshore no porto de Esbjerg, oeste da Dinamarca, em 18 de maio de 2022.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-6.jpg?quality=90&strip=info&w=919&w=636)
![Turbina eólica no parque eólico Horns Reef na Dinamarca, `a cerca de 20 km do porto de Esbjerg. A Dinamarca, líder mundial na produção e consumo de energia eólica, construiu o maior parque eólico offshore do mundo no Mar do Norte. Turbina eólica no parque eólico Horns Reef na Dinamarca, `a cerca de 20 km do porto de Esbjerg. A Dinamarca, líder mundial na produção e consumo de energia eólica, construiu o maior parque eólico offshore do mundo no Mar do Norte.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-3.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Vista aérea de um campo com turbinas eólicas na Bélgica. Vista aérea de um campo com turbinas eólicas na Bélgica.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-9.jpg?quality=90&strip=info&w=880&w=636)
![Vista geral de painéis solares para produzir energia renovável no parque fotovoltaico em Les Mees, nos Alpes em Haute-Provence, sul da França. Vista geral de painéis solares para produzir energia renovável no parque fotovoltaico em Les Mees, nos Alpes em Haute-Provence, sul da França.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-15.jpg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Unidade de produção de hidrogênio em uma estação de distribuição da Hysetco antes de sua inauguração em junho, em Paris, 11 de maio de 2022. Unidade de produção de hidrogênio em uma estação de distribuição da Hysetco antes de sua inauguração em junho, em Paris, 11 de maio de 2022.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-7.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
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![Represa de Lac des Dix em Pralong, próximo de Sion, no sul da Suíça. A hidrelétrica atende a mais da metade das necessidades energéticas da Suíça. À medida que os verões secam e as geleiras que ajudam a acionar as turbinas com a água do degelo. Represa de Lac des Dix em Pralong, próximo de Sion, no sul da Suíça. A hidrelétrica atende a mais da metade das necessidades energéticas da Suíça. À medida que os verões secam e as geleiras que ajudam a acionar as turbinas com a água do degelo.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-14.jpg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
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![Painéis solares da fazenda Labarde em Bordeaux, sudoeste da França, em 12 de maio de 2022. - A fazenda solar de 140.000 painéis solares está localizada em um antigo aterro e é a maior fazenda solar urbana da Europa. Painéis solares da fazenda Labarde em Bordeaux, sudoeste da França, em 12 de maio de 2022. - A fazenda solar de 140.000 painéis solares está localizada em um antigo aterro e é a maior fazenda solar urbana da Europa.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-8.jpg?quality=90&strip=info&w=922&w=636)
![Usina Geotérmica de Svartsengi na Islândia. A Lagoa Azul, originalmente um lago natural aquecido que gera energia para `a região. Usina Geotérmica de Svartsengi na Islândia. A Lagoa Azul, originalmente um lago natural aquecido que gera energia para `a região.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-10.jpg?quality=90&strip=info&w=918&w=636)
![Usina termosolar Torresol Energy Gemasolar, em Fuentes na Andaluzia, próximo `a Sevilla, sul da Espanha. Usina termosolar Torresol Energy Gemasolar, em Fuentes na Andaluzia, próximo `a Sevilla, sul da Espanha.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-13.jpg?quality=90&strip=info&w=900&w=636)
![Parque eólico Horns Reef na Dinamarca, país líder mundial na produção e consumo de energia eólica. Parque eólico Horns Reef na Dinamarca, país líder mundial na produção e consumo de energia eólica.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/05/FONTES-DE-ENERGIA-EUROPA-11.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)