Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

União Europeia critica plano de Trump para paz no Oriente Médio

Para Bruxelas, texto contradiz o entendimento internacional e sua negociação excluiu a Palestina

Por Da Redação
4 fev 2020, 17h02

A União Europeia rejeitou nesta terça-feira, 4, partes do novo plano dos Estados Unidos para a paz entre israelenses e palestinos no Oriente Médio. Os europeus alegam que o texto rompe com o entendimento internacional e que qualquer negociação deveria levar os dois lados à mesa. A Autoridade Palestina não participou da discussão do projeto.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrel, disse que “para se obter uma paz justa e duradoura, as questões pendentes precisam ser decididas por meio de negociações diretas entre as duas partes”. O texto, para ele, “se afasta desses parâmetros combinados internacionalmente”. O plano elaborado pelos Estados Unidos ao lado do governo de Israel.

Vendido pelo presidente americano, Donald Trump, como o “Acordo do Século”, a proposta implica no reconhecimento, Israel como nação legítima pela Autoridade Palestina, que teria de abrir mão de reivindicações históricas, entre as quais a suas soberania sobre a cidade de Jerusalém. Em troca, os territórios palestinos seriam reconhecidos como um Estado, que receberia bilhões de dólares em investimentos.

Porém, a proposta impede que o novo Estado palestino tenha controle de suas novas fronteiras e organize um Exército nacional. Trump também prometeu aos palestinos “duplicar seu território” quando Israel ceder três cidades, de maioria árabe, e um território no meio do deserto de Neguev. Os assentamentos israelenses em territórios palestinos seriam mantidos.

O texto foi imediatamente rechaçado pela população e governo palestinos assim que foi apresentado. O mapa divulgado pelos Estados Unidos do novo Estado palestino também foi criticado e apelidado de “arquipélago palestino” nas redes sociais.

Continua após a publicidade

Israel ocupou diversas regiões após a Guerra dos Seis Dias em 1967. A comunidade internacional, inclusive o Brasil, no entanto, reconhecem apenas as fronteiras estabelecidas pré-conflito e condenam a presença de assentamentos israelenses nessas regiões. Com a ascensão de Trump à Casa Branca, a política americana quanto a Israel começou a mudar.

Em 2017, o governo americano moveu sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, que é considerada um território internacional, e em 2019 a anexação das Colinas e Golã e a ocupação israelense na Cisjordânia, junto de seus assentamentos, foram reconhecidas como legitimas pelos Estados Unidos.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.