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Um mês depois, Bolsonaro reconhece vitória de Biden nos EUA

Em entrevista, presidente também disse ter pedido ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para fazer a comunicação oficial do reconhecimento

Por Da Redação Atualizado em 15 dez 2020, 17h55 - Publicado em 15 dez 2020, 17h24
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  • Apesar do forte apoio à reeleição de Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais nesta terça-feira, 15, para parabenizar o democrata Joe Biden pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A decisão acontece mais de um mês após a mídia projetar o resultado e um dia após o Colégio Eleitoral formalizá-lo.

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    Em publicação seguinte, Bolsonaro disse estar pronto para trabalhar com o novo governo e “dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA”, para “benefício dos nossos povos”.

    Em entrevista à Band, também nesta terça-feira, o presidente disse ter pedido ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para fazer a comunicação oficial do reconhecimento do governo brasileiro à vitória do democrata.

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    “Alguns minutos antes de entrar no ar eu já dei um ‘start’ para o nosso ministro Ernesto Araújo, para ele fazer essa comunicação nossa, nas redes oficiais do governo. Depois, nas minhas redes particulares”, afirmou.

    Durante a entrevista, ele também citou o reconhecimento oficial pelo Colégio Eleitoral na segunda-feira.

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    “Eu espero que tudo dê certo com o Biden, agora, já que os delegados reconheceram lá que ele realmente foi eleito. Não vamos discutir mais a questão se houve ou não uma eleição tranquila”, afirmou. “Esperei o reconhecimento e nós aqui já fizemos o comunicado, agora há pouco, ao presidente Joe Biden”.

    Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, seu filho, chegara a citar publicamente supostas fraudes nas eleições americanas, apoiando falsas alegações de Trump, derrotadas inclusive na Suprema Corte. Em outro episódio, em meados de novembro, em meio às falas de Biden de que o Brasil pode sofrer consequências econômicas caso não atue de forma mais firme para combater as queimadas e o desmatamento na Amazônia, Bolsonaro afirmou que “apenas pela diplomacia” não é possível chegar a um consenso.

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    “Depois que acaba a saliva, tem que ter pólvora. Não precisa nem usar a pólvora, mas tem que saber que tem”, disse na ocasião.

    Colégio Eleitoral

    O processo do Colégio Eleitoral, que normalmente não passa de uma formalidade, ganhou mais atenção neste no devido à ofensiva republicana de tentar desqualificar o pleito. Os resultados da eleição foram certificados pelos 50 estados americanos, assim com pelo Distrito de Columbia. O democrata venceu com 81,3 milhões de votos, 51,3% dos sufrágios emitidos, contra 74,2 milhões (46,8%) do republicano.

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    Mas nos Estados Unidos o presidente é decidido pelo sufrágio universal indireto, e cada estado dispõe de um número determinado de delegados com base no tamanho de sua população. Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232. Para vencer a eleição eram necessários ao menos 270.

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    Bolsonaro foi um dos poucos governantes que aguardou a votação do Colégio Americano para felicitar o presidente eleito, junto a nomes como o russo Vladimir Putin e o mexicano Andrés Manuel López Obrador. Os dois se manifestaram antes do brasileiro, mas também nesta terça-feira.

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    Dado o frequente apoio do brasileiro a Trump, a explicação seria o não reconhecimento da derrota por parte do republicano, que apresentou vários recursos à Justiça.

    O mandatário americano segue fazendo afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a “mais corrupta na história dos Estados Unidos”, como tuitou novamente no domingo. Sua campanha, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção. A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou na sexta-feira sequer a considerar duas demandas dos republicanos.

    No fim de semana, ao ser questionado em uma entrevista no canal Fox News se compareceria à posse de Biden em 20 de janeiro, como exige o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: “Não quero falar sobre isto”.

    À imprensa na tarde desta segunda, a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, se recusou a responder se Trump aceitará o resultado do Colégio Eleitoral.

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