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Uganda aprova lei que impõe pena de morte para homossexuais

Pacote aprovado por quase unanimidade no Parlamento torna crime se identificar como LGBTQIA+

Por Da Redação
Atualizado em 24 mar 2023, 10h30 - Publicado em 22 mar 2023, 09h15
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  • A Ugandan transgender woman who was recently attacked and currently being sheltered watches a TV screen showing the live broadcast of the session from the Parliament for the anti-gay bill, at a local charity supporting the LGBTQ Community near Kampala on March 21, 2023. - Uganda's parliament was due to vote on March 21, 2023 on anti-gay legislation which proposes tough new penalties for same-sex relations in a country where homosexuality is already illegal.Under the proposed law, anyone in the conservative East African nation who engages in same-sex activity or who identifies publicly as LGBTQ could face up to 10 years in prison. (Photo by STUART TIBAWESWA / AFP)
    Uma mulher trans de Uganda, que foi recentemente atacada, assiste à sessão do Parlamento que aprovou o projeto de lei anti-LGBTQIA+. 21/03/2023 - (Stuart Tibaweswa/AFP)

    O Parlamento de Uganda aprovou na noite de terça-feira 21 um controverso projeto de lei anti-LGBTQIA+, que torna atos homossexuais puníveis com a morte e criminaliza a identificação com qualquer letra da sigla. A medida atraiu forte condenação de ativistas de direitos humanos.

    Todos, exceto dois dos 389 legisladores, votaram a favor do projeto radical, que introduz a pena capital e prisão perpétua para quem performe sexo gay e o que o texto chama de “recrutamento, promoção e financiamento” de “atividades” do mesmo sexo.

    “Uma pessoa que comete o delito de homossexualidade agravada é passível de condenação à morte”, diz o projeto de lei apresentado por Robina Rwakoojo, presidente para assuntos jurídicos e parlamentares.

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    Apenas dois políticos do partido no poder, Fox Odoi-Oywelowo e Paul Kwizera Bucyana, se opuseram à nova regulamentação.

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    “O projeto de lei é mal concebido, contém disposições inconstitucionais, reverte os ganhos registrados na luta contra a violência de gênero e criminaliza indivíduos em vez de condutas que contrariem todas as normas legais conhecidas”, disse Odoi-Oywelowo.

    “O projeto de lei não introduz nenhum valor agregado ao livro de estatutos e à estrutura legislativa disponível”, acrescentou.

    Uma versão anterior do projeto de lei provocou revolta da comunidade internacional e, mais tarde, foi anulada pelo tribunal constitucional de Uganda (por motivos processuais). O projeto de lei irá agora vai para a mesa do presidente Yoweri Museveni, que pode vetá-lo ou sancioná-lo.

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    No mês passado, Musevini que Uganda não abraçará a homossexualidade, alegando que o Ocidente está tentando “obrigar” outros países a “normalizar desvios”.

    “Os países ocidentais devem parar de desperdiçar o tempo da humanidade tentando impor suas práticas a outras pessoas”, disse em um discurso televisionado. “Homossexuais são desvios do normal. Por que? Precisamos de uma opinião médica sobre isso”, acrescentou.

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    A medida é apenas a mais recente de uma série de contratempos para os direitos LGBTQIA+ na África, onde a homossexualidade é ilegal na maioria dos países. Em Uganda, um país cristão amplamente conservador, sexo gay já era punível com prisão perpétua.

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    Somente em fevereiro, mais de 110 pessoas LGBTQIA+ em Uganda relataram incidentes, incluindo prisões, violência sexual, despejos e nudez pública ao grupo de defesa Minorias Sexuais de Uganda (Smug). Pessoas trans são atacadas de forma desproporcionalmente alta, disse o grupo.

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