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UE adia início da próxima fase de negociações sobre o Brexit

Os líderes europeus aprovaram a abertura dos preparativos internos para um futuro acordo de transição e comércio

Por EFE
Atualizado em 20 out 2017, 18h30 - Publicado em 20 out 2017, 16h59
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  • Os líderes da União Europeia (UE) constataram que não houve avanços suficientes em pontos prioritários da primeira fase de negociação do Brexit e deixaram o início da próxima fase de conversações para dezembro. Ainda assim, os representantes dos 27 países do bloco aprovaram a abertura dos debates internos de preparação para um futuro acordo de transição e comércio.

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    Ao final de uma cúpula de chefes de Estado e de governo da UE realizada entre ontem e hoje, foi proposto que a nova fase de negociações comece somente em 14 dezembro, quando outra reunião do bloco está marcada. Antes de aceitarem discutir um futuro relacionamento, Reino Unido e os líderes dos 27 países que permanecerão na UE precisam resolver três questões: a resolução financeira do divórcio; o destino dos expatriados; e as consequências do Brexit para a Irlanda.

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    Contudo, os representantes europeus chegaram a um acordo para iniciar os trabalhos de preparação para as negociações sobre a relação após a separação. “Ainda que o progresso não seja suficiente, isto não significa que não há nenhum progresso. O Conselho decidiu iniciar a preparação interna para a discussão sobre o marco da futura relação e os acordos transitórios”, disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em uma entrevista coletiva ao término da cúpula.

    A União Europeia se reuniu hoje, sem a presença do Reino Unido, para aprovar suas conclusões sobre o estado das negociações para o Brexit. Ontem, ouviram a posição britânica sobre o acordo, exposta pela primeira-ministra Theresa May.

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    Segundo Tusk, os rumores de que as negociações entre UE e Reino Unido estavam em um beco sem saída são “exagerados”. “O meu sentimento depois de reunir-me com a primeira-ministra May é que ambos os lados apresentam boa vontade”, disse o presidente do Conselho Europeu, que insistiu que os 27 apoiarão as negociações de forma “positiva e construtiva”.

    Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, indicou que é possível falar que as negociações estão em “ponto morto” e criticou o governo de May por apresentar a perspectiva de concluir as negociações sem acordo. “Enquanto no Reino Unido alguns defendem a causa do não ‘acordo’, ninguém explica em detalhe o que isto quer dizer”, disse Juncker, que insistiu que a Comissão “faz o possível para chegar a um compromisso correto, equilibrado e justo” com Londres.

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    ‘Otimismo’

    A decisão dos líderes da UE permitiu que May dissesse estar “otimista” pelo início das discussões preparatórias internas europeias e pelas possibilidades de obter uma “associação especial” com o bloco.

    “Nós europeus compartilhamos os mesmos valores, mas também desafios comuns, como a segurança, a defesa e a imigração, sobre os quais teremos que continuar trabalhando lado a lado”, disse May, que sofre grande pressão interna por parte dos “eurocéticos”.

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    Questão financeira

    Apesar das demonstrações de boa vontade de ambos os lados, um acordo financeiro ainda encontra muitos empecilhos. Os líderes europeus exigem que os britânicos cumpram com suas obrigações financeiras após a saída do bloco e entreguem seus compromissos detalhados e por escrito sobre quem “pagará a conta” do divórcio. Londres, contudo, insiste que a fatura fará parte do acordo sobre a futura relação.

    O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta sexta que, para que haja progresso na negociação, falta o Reino Unido fazer “um esforço financeiro importante”. Apesar de reconhecer os “gestos de abertura” de May nas últimas semanas, lembrou que “há muito trabalho a fazer” para avançar à segunda etapa.

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    Na mesma linha, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que para que as negociações avancem para a segunda fase em dezembro são necessários progressos por parte dos britânicos. Também lembrou que os direitos dos cidadãos e a situação na Irlanda do Norte ainda continuam sobre a mesa.

     

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