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Ucrânia tem direito de atacar território da Rússia, reitera chefe da Otan

Jens Stoltenberg diz que atingir alvos militares dentro da Rússia é 'legítima defesa'; Putin ameaçou revidar fornecendo armas a aliados para atacar Ocidente

Por Da Redação
Atualizado em 7 jun 2024, 08h49 - Publicado em 7 jun 2024, 08h18

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, voltou a afirmar nesta sexta-feira, 7, que a Ucrânia pode, de acordo com o direito internacional, atacar alvos militares legítimos dentro da Rússia para se defender. As declarações ocorreram durante uma visita da autoridade à Suécia, novo membro da aliança militar ocidental, em meio a um debate sobre o uso de armas doadas a Kiev contra o território russo – que já levou o líder do Kremlin, Vladimir Putin, a dizer que seu país pode fornecer a outras partes armas de longo alcance para ataques a alvos do Ocidente.

“A Ucrânia tem direito à legítima defesa”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, em uma base militar perto de Estocolmo. “O direito à legítima defesa também inclui o direito de atingir alvos militares legítimos no território da parte atacante, o agressor, neste caso a Rússia”, completou.

O chefe da Otan reiterou que “não há dúvida de que a Ucrânia tem o direito de atingir alvos em território russo”, porque, segundo ele, foi Moscou quem iniciou a guerra contra um país vizinho “pacífico e democrático que em nenhum momento foi uma ameaça”.

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A ira do Kremlin

Putin alertou na quarta-feira 5 que seu país pode fornecer a outras partes armas de longo alcance para ataques a alvos do Ocidente, em resposta à permissão dada por aliados da Otan para que a Ucrânia use armas da aliança ocidental para atacar o território russo. Durante fala às margens do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin também reafirmou a prontidão de Moscou em usar armas nucleares caso veja uma ameaça à sua soberania.

O presidente russo também alertou a Alemanha de que o uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra o território russo representaria um “passo perigoso” para a escalada da guerra, iniciada em fevereiro de 2022. Putin disse a repórteres que a ação “marcaria o seu envolvimento direto na guerra contra a Federação Russa, e nos reservamos o direito de agir da mesma forma”.

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“Se eles consideram possível entregar tais armas à zona de combate para lançar ataques em nosso território e criar problemas para nós, por que não temos o direito de fornecer armas do mesmo tipo para algumas regiões do mundo que possam ser usadas para lançar ataques contra instalações sensíveis dos países que fazem isso com a Rússia?”, questionou o líder russo, acrescentando que irá “pensar sobre isso”.

A declaração de Putin ocorre após a Alemanha permitir, na última sexta-feira 31, que a Ucrânia utilize armas de longo alcance doadas contra alguns alvos na Rússia. O sinal verde segue os passos dos Estados Unidos, principal aliado do governo ucraniano, que concedeu a Kiev o direito de usar os dispositivos em defesa de Kharkiv, cuja capital está a apenas 20 quilômetros de distância do solo russo. Putin advertiu, então, que o uso de “mísseis para atacar instalações no território russo, arruinará completamente as relações Rússia-Alemanha”.

A concessão dos Estados Unidos, também na semana passada, parece ter rendido frutos para a Ucrânia. Armas americanas já foram usadas no campo de batalha pelas tropas ucranianas, de acordo com o senador republicano Mike Rounds, membro do Comitê de Serviços Armados do Senado. Putin culpa o ocidente pelo prolongamento do conflito, mas alegou que as baixas militares da Ucrânia são cinco vezes maiores que as da Rússia.

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