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Ucrânia condena eleições em regiões ocupadas pela Rússia: ‘Uma farsa’

Pleitos organizados pelo Kremlin têm apenas candidatos russos ou pró-Rússia, com governadores escolhidos a dedo por Moscou

Por Da Redação
Atualizado em 8 set 2023, 09h37 - Publicado em 8 set 2023, 09h00

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, nesta sexta-feira, 8, condenou veementemente as eleições locais organizadas por autoridades instaladas pelo Kremlin em regiões ucranianas controladas pelas forças russas. Segundo ele, o voto em áreas “ilegalmente” anexadas por Moscou é “uma farsa”.

Desde a quarta-feira 6, os habitantes de cidades ucranianas ocupadas pela Rússia estão sendo instados a ir às urnas no que as autoridades descrevem como eleições locais.

Os candidatos do pleito são todos russos ou pró-Rússia, e incluem governadores escolhidos a dedo por Moscou. Além disso, muitos eleitores foram convidados a votar na presença de soldados russos armados.

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O chanceler Kuleba disse que os votos não teriam nenhuma validade legal, mas autoridades ucranianas pediram que a população, mesmo assim, não participe das supostas eleições. Além disso, o governo ucraniano alertou que qualquer cidadão ucraniano envolvido na organização das eleições receberá punições no futuro.

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O exilado prefeito da cidade de Melitopol, Ivan Fedorov, descreveu as atuais eleições locais como “ilegais e sem valor”, dizendo que muitos candidatos na região de Zaporizhzhia não moravam lá, alguns até vindos da Sibéria. À agência de notícias AP, ele afirmou moradores foram intimidados a votar.

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O Conselho da Europa, um órgão de direitos humanos, condenou a eleição nos “territórios ucranianos ilegalmente anexados” como uma “violação flagrante do direito internacional, que a Rússia continua a desconsiderar”. Em comunicado, o conselho afirmou que, além destas áreas serem parte integrante da Ucrânia, a decisão de ali realizar eleições “cria a ilusão de democracia”.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que viajou a Kiev nesta semana, também criticou o pleito.

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“As eleições fraudulentas da Rússia nas áreas ocupadas da Ucrânia são ilegítimas”, disse o principal diplomata da Casa Branca. Em resposta, a embaixada russa nos Estados Unidos acusou Washington de se intrometer nos assuntos internos de Moscou.

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As eleições, que terminam no domingo, 10, ocorrem em quatro regiões que a Rússia disse ter anexado em setembro passado, após supostos referendos de consulta à população, com suspeitíssimos 97%-99% dos votos a favor da incorporação do território pelo Kremlin.

No entanto, a Rússia nem sequer controla essa área totalmente – Donetsk e Luhansk, no leste, e Zaporizhzhia e Kherson, no sul –, que representa 15% do território ucraniano.

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Os referendos de anexação também foram condenados pela comunidade internacional como uma farsa.

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