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Ucrânia anuncia campanha de mobilização para recrutar 160 mil soldados

Exército do país sofre com escassez de militares em meio a uma incursão na região russa Kursk e o avanço das forças de Moscou na Donetsk ucraniana

Por Da Redação 30 out 2024, 10h16
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  • A Ucrânia anunciou na terça-feira 29 uma nova campanha de mobilização com o objetivo de recrutar mais de 160 mil soldados para suas Forças Armadas em resposta ao avanço das tropas russas na região de Donetsk.

    “Há planos para convocar mais de 160 mil pessoas”, disse o secretário do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Oleksandr Lytvynenko, ao parlamento na terça-feira. Uma fonte disse a agência de notícias AFP que o recrutamento será organizado nos próximos três meses.

    Em abril, o parlamento ucraniano aprovou uma legislação para ajudar a mobilizar soldados para combater as forças invasoras russas, exigindo que todos os homens com idades entre 25 e 60 anos se registrem em um banco de dados eletrônico para que possam ser recrutados para a guerra.

    Moscou vem avançando na região de Donetsk há semanas e na terça-feira afirmou ter capturado “totalmente” a cidade de Selydove, um importante centro de transporte próximo a Pokrovsk, cobiçada pelos russos.

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    Desde o início de outubro, as tropas russas ocuparam mais 478 km² na Ucrânia, a maior invasão em um mês desde março de 2022, de acordo com uma análise da AFP baseada em dados do Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW).

    Exército fragilizado

    O anúncio ocorre durante um momento em que o exército ucraniano sofre com a escassez de soldados enquanto suas tropas se concentram na incursão na região russa de Kursk, que teve início em agosto.

    A pressão sobre as forças da Ucrânia aumentou ainda mais após relatos de que soldados da Coreia do Norte foram enviados para treinamento na Rússia. Na terça-feira, os Estados Unidos afirmaram que um “número pequeno” de militares norte-coreanas foi enviado para Kursk e que mais alguns milhares estão à caminho da Rússia. 

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    Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, não negou que os soldados norte-coreanas haviam chegado à Rússia. Ele também alegou que cabe apenas ao seu país decidir ou não usar militares da nação aliada na guerra na Ucrânia.

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou ter discutido o envio das tropas da Coreia do Norte à Rússia com seu homólogo sul-coreano, Yoon Suk Yeol, que descreveu o movimento como uma “grande ameaça”. 

    “A conclusão é clara: esta guerra está se tornando internacional, estendendo-se para além de dois países”, declarou Zelensky a Yoon na terça-feira.

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