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Twitter remove 70.000 contas ligadas ao QAnon

Depois da invasão ao Capitólio, rede social anunciou a exclusão de contas que compartilhavam teorias conspiratórias de extrema-direita

Por Duda Monteiro de Barros 12 jan 2021, 17h50

O Twitter anunciou nesta terça-feira 12 a remoção de 70.000 contas que promoviam a teoria da conspiração QAnon. O tema é acompanhado por um grande número de apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A rede social, que executou as suspensões no fim de semana, disse que agiu para reprimir as postagens que têm “o potencial de causar danos offline”. Ela acrescentou que muitos dos usuários removidos operavam várias contas QAnon, aumentando o número total de contas removidas.

O Twitter disse também ter levado em consideração que os planos de mais protestos violentos têm proliferado dentro e fora da plataforma, incluindo um segundo ataque proposto ao Capitólio e aos edifícios do governo em 17 de janeiro.

“Devido aos eventos violentos em Washington D.C. e ao aumento do risco de danos, começamos a suspender permanentemente milhares de contas que eram principalmente dedicadas ao compartilhamento de conteúdo QAnon”, disse o Twitter em um blog.

A teoria da conspiração de extrema direita QAnon afirma que Trump está travando uma guerra secreta contra um culto liberal de pedófilos adoradores de Satanás.

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As empresas de mídia social se apressaram em se distanciar do violento ataque da multidão ao prédio do Capitólio na semana passada, que Trump alimentou em postagens nas redes sociais e comentários públicos.

Depois do tumulto, o Twitter e o Facebook bloquearam as contas de Trump, antes de finalmente barrá-lo de seus serviços. A rede social era o megafone preferido do presidente, e sua conta tinha 88 milhões de seguidores quando foi suspensa.

Outras plataformas de mídia social, como Snapchat e Reddit, também mudaram para limitar Trump e o discurso tóxico que pode inspirar as pessoas à violência nos últimos dias. Desde então, Facebook e Twitter expandiram suas ações.

Na segunda-feira, o Facebook disse que começaria a remover qualquer conteúdo que se referisse a “Stop the steal”, um grito de guerra para os apoiadores de Trump que acreditam na falsa alegação de que a eleição foi roubada.

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As ações do Facebook e do Twitter foram elogiadas, mas também levantaram questões sobre o poder das empresas sobre liberdade de expressão. Embora a teoria da conspiração tenha sido compartilhada online por anos, as empresas de mídia social só mudaram nos últimos meses para retirar o conteúdo relacionado a ela.

Em agosto passado, o Facebook começou a estabelecer políticas que barravam grupos QAnon que pediam violência, antes de expandir a ação em outubro, dizendo que removeria qualquer grupo, página ou conta do Instagram que se identificasse abertamente com QAnon.

O Twitter disse que aprofundará sua repressão a informações enganosas e falsas sobre a eleição presidencial. Os usuários que violarem persistentemente sua política de integridade cívica, que os proíbe de espalhar conteúdo que desencoraja a participação do eleitor ou engane sobre o resultado de uma eleição, enfrentarão suspensão permanente.

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