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Turquia pedirá aos EUA extradição de Fethullah Gülen

Outrora aliado do primeiro-ministro Recep Erdogan, o pregador islâmico é hoje apontado como conspirador pelo governo turco

Por Da Redação
30 abr 2014, 07h11

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta terça-feira que seu governo pedirá aos Estados Unidos a extradição do pregador islâmico Fethullah Gülen. Ex-aliado de Erdogan, Gülen é acusado de complô contra o governo, informou a imprensa da Turquia. Segundo a televisão local NTV, o primeiro-ministro “vai começar em breve” o procedimento legal de pedido de extradição. De acordo com a CNN, em uma entrevista de Erdogan à rede americana PBS, ele confirmou que espera que os EUA deportem Gülen. A entrevista foi a primeira à imprensa estrangeira desde que o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco) venceu as eleições locais, no mês passado.

Fetuhllah Gülen, de 72 anos, vive desde 1999 na Pensilvânia, nos EUA, de onde coordena um movimento social e religioso que conta com milhões de membros em dezenas de países. O movimento é muito influente na polícia e na magistratura turca. O governo de Erdogan considera que o movimento do pregador está por trás das denúncias que provocaram um escândalo de corrupção que ameaça seu governo desde dezembro.

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Erdogan, no poder desde 2002, acusa Gülen de ter construído um “Estado dentro do Estado” para provocar sua queda. O pregador e seus fiéis negam categoricamente as acusações. Após a ampla vitória de seu partido nas eleições municipais de 30 de março, o primeiro-ministro prometeu que os adversários “pagariam o preço” pelas críticas e acusações.

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Críticas da Alemanha – Também nesta terça-feira, Erdogan chamou de interferência nos assuntos internos da Turquia as críticas feitas pelo presidente alemão, Joachim Gauck, sobre os ataques ao Estado de Direito no país. “Nunca toleraremos uma intervenção nos assuntos internos de nosso país”, afirmou Erdogan, que acusou Gauck de fazer comentários “fora de propósito”. Durante uma visita a Turquia, o presidente alemão criticou as ações do governo islamita contra as redes sociais, a imprensa e a magistratura. Com mais de 2,5 milhões de turcos, a Alemanha é o país europeu com o maior contingente dessa população.

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