A passagem do tufão Vongfong nas Filipinas matou ao menos uma pessoa nesta sexta-feira, 15, e levou outras 140.000 a procurar abrigos temporários, causando aglomerações e aumentando o risco de doenças, como a Covid-19, causada pelo novo coronavírus.
Apesar de a tempestade ter atingido o centro do arquipélago, onde não há focos de Covid-19, as autoridades informaram que fornecerão máscaras protetoras para os desabrigados e que esses locais funcionarão a 50% de sua capacidade. O governo também usa parte da rede de abrigos como centros de tratamento para pacientes do novo coronavírus.
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Clique e AssineMark Timbal, porta-voz da Defesa Civil, disse que as autoridades locais nas áreas mais atingidas pelo tufão deverão ter a certeza de que as pessoas obedeçam as medidas de distanciamento social dentro dos refúgios. “É uma situação única porque é a primeira vez que enfrentamos uma tempestade como essa ao mesmo tempo em que lidamos com uma pandemia”, disse.
O Vongbong atingiu na noite de quinta-feira 14 a ilha filipina de Samar com a força de um furacão de categoria 3 O tufão perdeu a força na tarde desta sexta e causou apenas fortes chuvas e ventos na ilha principal de Luzon, na onde está localizada a capital, Manila.
Todos os anos, o país é afetado por uma média de 20 tufões, que causam vítimas e danos extensos, contribuindo para que milhões de pessoas vivam na pobreza. Com o estresse gerado pelas constantes tempestades, torna-se difícil aplicar as medidas de distanciamento social impostas pelo governo, explica o policial filipino Carlito Abriz.
Nas Filipinas, a Covid-19 infectou mais de 11.800 pessoas e causou a morte de 790 filipinos, enquanto as cifras da doença no mundo já se aproximam de 4,5 milhões de adoecidos e mais de 300.000 mortos.
(Com AFP)