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Tufão deixa ao menos 20 mortos na região de Pequim

Considerada a pior tempestade em anos no norte da China, o Doksuri afeta mais de 1 milhão de pessoas, muitas obrigadas a abandonar suas casas destruídas

Por Da Redação
Atualizado em 1 ago 2023, 13h50 - Publicado em 1 ago 2023, 13h28
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  • A capital da China e cidades próximas intensificaram os esforços de resgate nesta terça-feira, 1º, depois de tempestades e inundações desastrosas na região. Os efeitos remanescentes do tufão Doksuri interromperam serviços e suprimentos de alimentos, deixando 20 pessoas mortas em uma das piores tempestades a atingir o norte chinês em mais de um ano.

    O distrito de Fangshan, em Pequim, disse que vai enviar helicópteros para levar comida, água potável e suprimentos de emergência para aldeias em áreas montanhosas isoladas. Na vizinha Tianjin, onde a chuva se tornou intermitente, 35 mil pessoas foram retiradas de suas casas e o governo local fortificou as margens do rio e intensificou reparos de infraestruturas de energia, água e comunicação.

    O número de mortos na própria capital subiu para 11 nesta terça-feira, enquanto 13 pessoas ainda estão desaparecidas. Na província de Hebei, nove pessoas morreram e seis estão desaparecidas. A prefeitura disse que as chuvas nos últimos dias superaram os níveis de julho de 2012, quando a cidade foi atingida pela tempestade mais forte desde a fundação da China moderna, recebendo 190,3 mm de água em um dia. Mais de 1,6 milhão de pessoas foram afetadas.

    + Xi Jinping pede ação contra inundações que deixaram 15 mortos na China

    O presidente do China, Xi Jinping, demandou incremento das operações de busca e resgate para os desaparecidos, instruindo as autoridades a minimizar baixas e restaurar as condições de vida ao normal o mais rápido possível. O Ministério das Finanças da China anunciou que alocaria 110 milhões de iuanes (R$ 73,2 milhões) para serviços de emergência na região de Pequim-Tianjin-Hebei.

    O tufão Doksuri enfraqueceu à medida que avançava para o interior. Autoridades chinesas alertaram, porém, que ainda há riscos de novas inundações e outros desastres geológicos.

    Os rios chegaram a níveis perigosos, levando Pequim a usar um reservatório de armazenamento de enchentes pela primeira vez desde que foi construído, há 25 anos. Na noite da segunda-feira 31, a capital da China havia fechado mais de 100 estradas nas montanhas e retirado mais de 52 mil pessoas de suas casas.

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    De acordo com o site de rastreamento Flight Master, quase 400 voos foram cancelados nesta terça-feira e centenas ficaram atrasados nos dois aeroportos de Pequim. Em média, a cidade registrou 260 mm de chuva do último sábado 29 até o início de segunda-feira.

    O Doksuri varreu a costa da província Fujian na semana passada, causando um impacto econômico direto de 14,76 bilhões de iuanes (R$ 9,83 bilhões) no sudeste do país. A tempestade afetou quase 2,7 milhões de pessoas, sendo que cerca de 562 mil foram forçadas a deixar suas casas. Mais de 18 mil residências ficaram destruídas.

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    Antes de atingir Fujian, o tufão matou pelo menos 39 pessoas nas Filipinas e atingiu partes do sul de Taiwan. A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, enviou condolências para a China em rara demonstração de simpatia, reservada a grandes tragédias, enquanto as tensões entre o continente e a ilha crescem.

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