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Trump vira sinônimo de ‘idiot’ no Google Images

Por suas políticas e declarações, o presidente americano foi ridicularizado na figura de um balão gigante, com a forma de um bebê, em Londres

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2018, 15h53 - Publicado em 19 jul 2018, 15h36

Ao digitar a palavra inglesa “idiot”, o usuário do Google Images encontrará inúmeras fotografias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Não se trata de um erro, deslize ou pane do site de buscas, mas de uma artimanha de ativistas contrários ao americano que, jogando com algorítimos, conseguiram atrelar a imagem do político americano ao termo idiota, em português.

Segundo o jornal britânico The Guardian, a iniciativa partiu de ativistas que observaram, durante os protestos contra a presença de Trump no Reino Unido, na semana passada, os manifestantes cantarem “American Idiot”, da banda punk rock americana Green Day.

Os ativistas estão, portanto, manipulando os algorítimos do Google – assim como empresas conseguem fazer para exibir propagandas de produtos sobre os quais o usuário pesquisou.

A visita de quatro dias de Trump ao Reino Unido provocou manifestações em Londres e em Edimburgo, cidades onde esteve, além de piqueniques de protesto no interior do país. Ao lado do Parlamento britânico, ativistas inflaram um balão de 30 metros de altura no formato de uma caricatura de Trump como um bebê. O prefeito de Londres, Sadiq Aman Khan, deu autorização para que o “bebê Trump” fosse inflado no último dia 13.

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Baby Trump
Manifestantes seguram boneco inflável retratando o presidente dos Estados Unidos, na Praça do Parlamento. durante a visita de Donald Trump e da primeira-dama Melania a Londres, Inglaterra – 13/07/2018 (Peter Nicholls/Reuters)

A reação pública a Trump entre os britânicos deveu-se especialmente a sua política de tolerância zero com a imigração ilegal, que resultou na separação de mais de 3.000 menores de idade de seus pais desde maio nos Estados Unidos. Mas também pesaram suas orientações para as políticas públicas americanas e para as relações internacionais.

Segundo o Guardian, em situações anteriores similares, o Google decidiu não mexer nas conexões, por mais preconceituosas e injustas que poderiam ter sido. Mas disparou campanhas de conscientização. Em 2004, cita o jornal britânico, houve uma conexão entre a palavra “judeu” e caricaturas de pessoas com narizes aduncos. Cinco anos depois, pesquisas sobre a então primeira-dama americana Michelle Obama remetiam para fotos retocadas com traços de primatas.

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Em 2016, antes das eleições que deram a vitória a Trump, ao digitar a palavra “rapist” (estuprador) no Google, aparecia a imagem do ex-presidente Bill Clinton. Possivelmente, esta iniciativa partiu de ativistas contrários à campanha da democrata Hillary Clinton, e favoráveis ao candidato republicano nas eleições presidenciais.

Nos Estados Unidos, onde está a sede do Google, Trump tem seu trabalho na Casa Branca aprovado por 43,3% dos americanos, segundo a média das mais recentes pesquisas calculada pelo portal Real Clear Politics, e desaprovado por 52,6%. Em dezembro de 2017, porém, a avaliação de seu desempenho era bem pior – desaprovação de 58,1% e aprovação de apenas 37,0%.

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