O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perguntou há vários meses ao seu gabinete sobre a possibilidade de invadir a Venezuela, alegando questões de segurança nacional, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (4).
Embora não tenham sido revelados muitos detalhes desta conversa, sabe-se que Trump abordou o tema durante um encontro com o secretário de Estado, Rex Tillerson, e o assessor de segurança nacional da Casa Branca, H.R. McMaster, que já não fazem parte do Executivo.
De acordo com a emissora CNN, que cita fontes próximas ao presidente, Trump considerou a possibilidade de invasão em um dos momentos de maior tensão entre Washington e Caracas e usou questões de segurança nacional para defender esta medida.
Diante do questionamento, os assessores de Trump, inclusive H.R. McMaster, se posicionaram completamente contrários à invasão, advertindo que a ação poderia levar a retaliações venezuelanas. Além disso, afirmaram que os aliados americanos na América do Sul também condenariam a medida, já que se opõem a qualquer tipo de solução violenta para a crise no país, segundo a CNN.
Em todo caso, a possível invasão do país latino-americano “nunca foi uma opção iminente”, segundo a fonte da CNN.
Em agosto do ano passado, o presidente americano disse publicamente que não descartava uma “opção militar” para resolver a “muito perigosa confusão” que acontecia na Venezuela, imersa então em uma onda de protestos antigoverno que deixou mais de 120 mortos.
Apenas um dia depois destas declarações, Nicolás Maduro Guerra, filho do governante venezuelano, Nicolás Maduro, advertiu Trump que o país caribenho responderia com “fuzis em Nova York” e tomaria a Casa Branca no caso de uma invasão militar americana.
A relação entre os Estados Unidos e a Venezuela se encontra especialmente abalada desde que Trump assumiu a Presidência em janeiro de 2017.
Fruto desta tensa relação, nos últimos meses, a Casa Branca aplicou várias sanções contra funcionários e empresas venezuelanas e, inclusive, chegou a promover uma resolução para iniciar o processo destinado a suspender a Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA).
(Com EFE)