Frustrado com aliados próximos e membros de seu gabinete que falharam em defendê-lo contra os resultados das eleições de novembro e o segundo impeachment após a invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não quer pagar os honorários de seu principal advogado, Rudolph Giuliani, segundo o jornal americano The Washington Post.
Segundo o jornal, duas fontes de dentro da Casa Branca afirmaram que além Trump ter dado a ordem para Giuliani não ser pago, os funcionários foram instruídos a ignorar as ligações do advogado. Estima-se que Giuliani cobre do presidente cerca de 20.000 dólares diários.
Giuliani foi a principal figura a defender publicamente Trump do que chamou de uma “eleição fraudulenta”, apesar de não apresentar qualquer prova e ter todas as denúncias de irregularidades rejeitadas nos tribunais.
Trump também está desapontado com outros que falharam em defendê-lo do impeachment na quarta-feira 13. Entre os aliados estão a secretária de Imprensa, Kayleigh McEnany, o cunhado e principal conselheiro do presidente, Jared Kushner, e conselheiro econômico Larry Kudlow, o conselheiro de Segurança Nacional, Robert O’Brian, e o chefe de gabinete, Mark Meadows, segundo o Post.
Com 6 dias de mandato restantes, Trump já se via isolado dentro da Casa Branca antes do impeachment. Diversos aliados pediram renúncia como resultado da invasão ao Capitólio, enquanto outros pensam em até mesmo destituí-lo do poder usando uma emenda à Constituição. A secretária da Educação, Betsy DeVos, e a dos Transportes, Elaine Chao, também renunciaram.
Na quarta-feira 6, uma turba de apoiadores de Trump invadiu o Capitólio americano enquanto congressistas iniciavam a certificação das eleições de novembro de 2020. Pouco antes, Trump participou de um comício a poucos quilômetros do prédio e prometeu marchar lado a lado dos manifestantes, o que não aconteceu. Após a mobilização da Guarda Nacional, ao menos 50 pessoas foram presas e cinco morreram.