Trump é banido ‘indefinidamente’ do Facebook e Instagram
O CEO da plataforma, Mark Zuckerberg, anunciou a suspenção em sua conta na rede social
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi banido “indefinidamente” do Facebook e Instagram nesta quinta-feira, 7, anunciou o CEO da rede social, Mark Zuckerberg, em sua conta na plataforma. Pouco depois da invasão de apoiadores ao Capitólio, publicações do presidente já haviam sido bloqueadas, mas de maneira “emergencial”, segundo o site.
“Os eventos chocantes das últimas 24 horas demonstraram que o presidente dos Estados Unidos irá usar seu tempo restante de mandato para minar uma transição pacífica e legítima de poder ao seu sucessor, Joe Biden”, afirmou Zuckerberg, segundo o qual as ações do republicano de usar a plataforma para minimizar em vez de condenar os atos de violência de seus apoiadores no Capitólio “perturbou as pessoas nos Estados Unidos e no mundo”.
“Acreditamos que os riscos são altos ao deixar o presidente continuar usando nossos serviços durante esse período. Portanto, nós estamos estendendo o bloqueio que aplicamos em sua conta no Facebook e no Instagram indefinidamente”, afirmou Zuckerberg.
Na quarta-feira 6, Trump também foi banido do Twitter, mas temporariamente. Segundo a plataforma, o presidente americano violou as políticas de integridade cívicas da rede social.
As a result of the unprecedented and ongoing violent situation in Washington, D.C., we have required the removal of three @realDonaldTrump Tweets that were posted earlier today for repeated and severe violations of our Civic Integrity policy. https://t.co/k6OkjNG3bM
— Twitter Safety (@TwitterSafety) January 7, 2021
A decisão do Facebook ocorre no dia seguinte às manifestações que levaram uma turba de apoiadores do presidente a invadir o Capitólio americano durante uma sessão que certificou a vitória do democrata Joe Biden nas eleições de novembro de 2020. Ao menos quatro pessoas morreram e 50 foram presas.
Pouco depois, Trump reconheceu o fim de seu mandato e afirmou que fará uma “transição ordenada” de poder, apesar de “discordar totalmente do resultado da eleição”.
“Eu sempre disse que continuaríamos nossa luta para garantir que apenas os votos legais fossem contados. Embora isso represente o fim do maior primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo de nossa luta para tornar a América grande novamente”, disse o atual governante, novamente sem apresentar provas de fraude.
No entanto, o incitamento de Trump aos apoiadores para protestar contra o triunfo de Biden, as afirmações infundadas de que ele perdeu a eleição presidencial de 3 de novembro devido a uma fraude maciça e outros comportamentos erráticos do líder republicano levantaram questões sobre sua capacidade de governar.
Nesta quinta-feira, membros do gabinete do presidente discutiram a possibilidade de destitui-lo. Segundo a mídia americana, as discussões centraram-se na 25ª emenda à Constituição, que permite a destituição de um presidente pelo vice-presidente e pelo gabinete se ele for considerado “incapaz de cumprir os poderes e deveres de seu cargo”.