O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que “condenará a Rússia ou quem quer que seja” quando for esclarecido quem esteve por trás do ataque ao ex-espião Sergei Skripal, envenenado no Reino Unido na semana passada.
“Hoje falaremos com (a primeira-ministra britânica) Theresa May e, assim que soubermos bem os fatos, se estivermos de acordo com eles, condenaremos a Rússia ou quem quer que seja. Mas não falei com ela. Falaremos em algum momento hoje”, disse Trump aos jornalistas antes de viajar à Califórnia para visitar a fronteira com o México.
Reino Unido determinou que o presidente russo, Vladimir Putin, tem até a tarde desta terça-feira para explicar como um agente nervoso desenvolvido pela União Soviética foi usado para envenenar um ex-espião russo que passou segredos para os serviços de inteligência britânicos.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse ser “altamente provável” que Moscou seja responsável pelo ataque, depois que o Reino Unido identificou que a substância utilizada faz parte do grupo de agentes nervosos Novichok, desenvolvidos por militares soviéticos durante os anos 1970 e 1980.
“Agora é claro que o Sr. Skripal e sua filha foram envenenados com um agente nervoso de grau militar de um tipo desenvolvido pela Rússia”, disse May. “Ou isso foi um ato direto do Estado russo contra o nosso país, ou o governo russo perdeu o controle de seu agente nervoso potencialmente catastrófico e permitiu que ele chegasse às mãos de outros”.
Na noite de ontem, o até então secretário de Estado, Rex Tillerson – que, nesta terça-feira, foi demitido por Trump –, disse ter “plena confiança” na conclusão à qual chegou o Reino Unido de que existe uma “alta probabilidade” de a Rússia estar por trás do ataque.