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Tripulação de submarino morreu instantaneamente, diz especialista

Analista acústico americano determinou que o ARA San Juan sofreu um colapso letal e seu casco foi destruído em 0,04 segundos

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h16 - Publicado em 12 dez 2017, 18h46
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  • Um estudo da inteligência naval dos Estados Unidos concluiu que os 44 tripulantes do submarino argentino desaparecido ARA San Juan morreram de forma instantânea após uma explosão.

    O especialista em engenharia acústica Bruce Rule analisou a “anomalia acústica” detectada no dia 15 de novembro pela Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e determinou que o submarino sofreu um colapso letal, que liberou uma energia similar a uma explosão de 5.700 quilos de TNT, a 380 metros de profundidade.

    Segundo a tese do especialista, a qual o jornal argentino La Nación teve acesso, os 44 tripulantes do submarino morreram de forma instantânea logo após o colapso, provavelmente sem se dar conta do que estava acontecendo. O estudo também concluiu que o ARA San Juan afundou verticalmente, a uma velocidade de 18 a 24 km/h após a explosão.

    “Embora a equipe possa ter percebido que o colapso era iminente, eles nunca souberam o que estava realmente acontecendo, não se afogaram ou experimentaram qualquer tipo de dor, sua morte foi instantânea”, escreveu Bruce Rule, segundo o La Nación.

    Também segundo o estudo, o sinal acústico detectado foi produzido pelo colapso do casco do submarino devido à pressão a uma profundidade de 380 metros. Rule, principal analista acústico da Inteligência Naval americana, concluiu que o casco foi “completamente destruído em aproximadamente 40 milissegundos”, fração de tempo na qual o corpo humano não consegue fazer o reconhecimento cognitivo de um evento.

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    Entrada de água

    Na semana passada, a Marinha argentina confirmou que o comandante do submarino, o capitão Pedro Martín Fernández, relatou a entrada de água em um dos tanques de bateria do ARA San Juan. Segundo a mensagem recebida pela central de controle às 6h da manhã do dia 15 de novembro, a água do mar entrou pelo sistema de ventilação e causou um curto-circuito e início de um incêndio no tanque da bateria de número 3.

    Buscas

    As buscas pelo submarino ainda continuam. A Marinha argentina informou nesta terça-feira que os navios de inspeção científica dos Estados Unidos e do Reino Unido analisaram dois objetos encontrados no fundo do mar pelo veículo aquático operado remotamente usado nas buscas. Os dois pontos detectados eram, contudo, apenas uma pedra e um navio afundado, e não forneceram qualquer indício ou pista sobre a localização do ARA San Juan.

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