O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), o argentino Luis Moreno Ocampo, anunciou nesta quarta-feira que quer abrir uma investigação sobre “os massacres cometidos de forma sistemática ou generalizada” na Costa do Marfim. O país vive conflitos internos desde as últimas eleições presidenciais, em que Alassane Ouattara venceu o pleito, mas seu rival Larent Gbagbo se recusou a deixar o poder. Nas últimas semanas o impasse político se converteu em combates armados.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades internacionais, houve chacinas em grande escala na tomada de Duekué – importante localidade situada no oeste do país- na terça-feira, 29 de março, pelos combatentes do presidente eleito Alassane Ouattara. Os registros vão de 330 mortos a mil “mortos ou desaparecidos”.
O TPI, com sede em Haia, pode abrir uma investigação a pedido do Conselho de Segurança da ONU, como é o caso da Líbia; a pedido de um Estado que faça parte do Estatuto de Roma, fundamento jurídico do Tribunal; ou por iniciativa do gabinete do procurador.
(Com agência France-Presse)