Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Trágica implosão do OceanGate mostrou fascínio duradouro pelo Titanic

Passada a tragédia, de difícil cicatrização, a empresa suspendeu as operações

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 dez 2023, 09h31 - Publicado em 22 dez 2023, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • As operações da startup americana OceanGate, tal qual os voos espaciais oferecidos por companhias privadas, pareciam passatempo para bilionários. A ambição: chegar o mais próximo possível dos destroços do Titanic, que há 111 anos repousam no fundo do Atlântico Norte, à margem do Canadá. A magnética atração pelo transatlântico que afundou depois de se chocar contra um iceberg alimentou livros, documentários e o celebradíssimo filme dirigido por James Cameron, com Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. A OceanGate oferecia um inigualável passeio debaixo d’água a bordo do Titan — a 250 000 dólares por passageiro, mais de 1 milhão de reais —, capaz de beijar os confins do mar. Em junho, contudo, um dos mergulhos do submersível ganhou contornos dramáticos. A embarcação perdeu o contato com a superfície momentos depois do início da viagem. O mundo parou para acompanhar a triste aventura enquanto as equipes de resgate corriam contra o tempo. Foi um daqueles casos que despertam empatia coletiva, a exemplo da atenção planetária com os mineiros presos numa mina em San José, no Chile, em 2010, e o grupo de meninos presos numa caverna na Tailândia, em 2018. A história do Titan, porém, teve final infeliz. A bugiganga implodiu momentos depois de submergir, matando os cinco ocupantes instantaneamente, inclusive o fundador da OceanGate, Stockton Rush, o piloto da travessia malsucedida. As investigações sobre a causa exata do acidente ainda não foram concluídas, mas especialistas indicam uso de equipamento com resistência inadequada para aguentar a pressão em grandes profundidades. Passada a tragédia, de difícil cicatrização, a empresa suspendeu as operações. Mais do que escancarar a ignorância humana sobre o fundo do oceano, do qual sabemos muito pouco, o caso do Titan, insista-se, só fez crescer o interesse pelo Titanic e pela imensidão azul. Vale relembrar uma frase de Jacques Cousteau (1910-1997), um dos primeiros a jogar luz nas profundezas do mar sem fim: “Desde o nascimento, o homem carrega o peso da gravidade em seus ombros, ele é aparafusado à terra. Mas o homem só tem que afundar debaixo da superfície e ele estará livre”. Será?

    Publicado em VEJA de 22 de dezembro de 2023, edição nº 2873

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.