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“Tel Aviv será destruída se Israel agir estupidamente”, diz clérigo do Irã

As tensões entre os dois países se acentuaram, com recentes bombardeios a supostos alvos militares em regiões da Síria e das Colinas de Golã

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h20 - Publicado em 11 Maio 2018, 09h33
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  • Desde o anúncio dos Estados Unidos em deixar o acordo nuclear com o Irã, as tensões entre o país persa e Israel – há décadas já bastante conflituosas – se acirraram. Nesta sexta-feira, um importante clérigo iraniano advertiu que se Israel agir “estupidamente”, as cidades de Tel Aviv e Haifa serão destruídas, de acordo com a TV estatal iraniana.

    “Vamos expandir nossa capacidade de mísseis apesar da pressão ocidental… para fazer Israel saber que se eles agirem estupidamente, Tel Aviv e Haifa serão totalmente destruídas”, disse o clérigo Ahmad Khatami durante as orações de sexta-feira na Universidade de Teerã.

    As tensões entre as nações se acentuaram nesta semana principalmente depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Irã de mentir sobre o acordo assinado com os países do G5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) e ter continuado desenvolvendo seu programa nuclear. Porém, após a saída dos Estados Unidos do acordo, apoiada pelo governo israelense, ambos os países passaram a realizar bombardeios, especialmente em regiões da Síria.

    O Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou os bombardeios israelenses na Síria, classificando como “um ato de agressão” baseado em pretextos “infundados”. “Os ataques constantes do regime sionista (Israel) em solo sírio, que foram feitos sob pretextos inventados e sem fundamento, constituem uma violação da soberania nacional e a integridade territorial da Síria e são contrários às normas internacionais”, denunciou o porta-voz de Exteriores, Bahram Qasemi.

    Israel atacou, na noite de quarta-feira, dezenas de alvos militares das forças sírias, iranianas e do grupo libanês Hezbollah em vários pontos da Síria, em resposta ao suposto lançamento de foguetes contra as Colinas de Golã pelo Exército iraniano. O país afirma ter dizimado a infraestrutura militar iraniana no país com o ataque.

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    O porta-voz criticou em comunicado que “o silêncio” da comunidade internacional a respeito equivale a “um sinal verde para o regime (israelense) para que continue seus atos de agressão”.

    Qasemi acusou, além disso, Israel e Estados Unidos de patrocinar os grupos terroristas na Síria e de cometer estes ataques para “compensar as fortes derrotas sofridas pelos mesmos terroristas que eles criaram e inclinar a balança a seu favor”.

    Por isso, ele destacou que o “claro ato de agressão” de Israel na Síria demonstra “a natureza deste regime que procura a crise, é orientada à mentira e é dominante”. Quanto à Síria, Qasemi ressaltou que “o Governo e a nação resistente da Síria têm direito a uma defesa legítima”.

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    Este é o confronto mais grave envolvendo iranianos e israelenses.

    (Com Reuters)

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