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Talibãs atacam prisão no Paquistão e libertam quase 400 presos

Islamabad, 15 abr (EFE).- Em meio a rumores de conversas de paz, os talibãs paquistaneses lançaram neste domingo seu primeiro grande ataque em semanas e libertaram quase 400 presos, muitos deles insurgentes, de uma prisão do noroeste do Paquistão. Ao menos 384 reclusos conseguiram fugir após o ataque talibã à prisão central da cidade de […]

Por Da Redação
15 abr 2012, 11h21
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  • Islamabad, 15 abr (EFE).- Em meio a rumores de conversas de paz, os talibãs paquistaneses lançaram neste domingo seu primeiro grande ataque em semanas e libertaram quase 400 presos, muitos deles insurgentes, de uma prisão do noroeste do Paquistão.

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    Ao menos 384 reclusos conseguiram fugir após o ataque talibã à prisão central da cidade de Bannu, informou a Polícia. O ataque aconteceu por volta da 1h30 deste domingo (17h30 de sábado de Brasília).

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    Inicialmente, a Polícia cifrou em cem os insurgentes envolvidos na operação, mas depois elevou o número para 500.

    Os homens lançaram granadas e usaram armas leves e pesadas. Ao menos sete agentes penitenciários ficaram feridos.

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    A prisão, que fica nos arredores da cidade, abrigava cerca de 1 mil reclusos, relatou a imprensa local.

    Segundo a Polícia, 30 presos eram considerados ‘perigosos’, incluído um envolvido na tentativa de assassinato em 2003 do então presidente paquistanês Pervez Musharraf.

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    O movimento Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), que reúne diversas facções talibãs do país asiático, reivindicou a autoria.

    As forças de segurança paquistanesas lançaram uma operação de busca tanto em Bannu quanto na cidade vizinha de Peshawar, e detiveram por enquanto 20 fugitivos.

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    Esta fuga, uma das maiores na história do Paquistão, lembra outra ocorrida no ano passado na cidade meridional afegã de Kandahar, onde 470 presos, muitos deles insurgentes, escaparam através de um túnel feito pelos talibãs.

    ‘É um grande acontecimento, uma ação bem planejada que mostra a negligência (das autoridades). Deve ter havido cumplicidade dentre os funcionários da prisão, se não isso não teria acontecido’, observou a Efe o general reformado paquistanês Talat Mahsud.

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    O analista Hamayoun Khan, da Universidade de Defesa de Islamabad, criticou ‘a falta de segurança ‘na prisão apesar de abrigar número tão elevado de presos perigosos.

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    ‘Se a Polícia não pode manter o controle deve recorrer ao Exército’, ressaltou Khan.

    O incidente ocorre em meio a crescentes rumores de conversas de paz entre algumas facções talibãs e o Governo paquistanês.

    O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, convocou os fundamentalistas ao diálogo nos últimos meses, apesar da continuidade da violência e de algumas operações militares, o número de atentados desceu notavelmente no Paquistão.

    Em março, o TTP destituiu seu número dois, Faqir Mohammed, quem segundo os analistas representava a corrente mais moderada dos talibãs paquistaneses, contrária a mais radical liderada por Hakimullah Mehsud.

    A cidade de Bannu, na província de Khyber-Pakhtunkhwa, fica junto às áreas tribais na fronteira com o Afeganistão, um território conflituoso que serve de refúgio a inúmeros grupos jihadistas e membros da rede Al Qaeda.

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    A demarcação de Bannu limita de fato com as regiões do Waziristão do Norte e do Sul, que são as principais fortificações talibãs no Paquistão e alvos frequentes de ataques de aviões não tripulados dos Estados Unidos. EFE

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