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Supremacista branco é condenado a 419 anos de prisão nos EUA

James Alex Fields Jr. jogou seu carro contra manifestantes antirracismo em Charlottesville, em 2017, matou uma pessoa e feriu mais de 20

Por Da Redação
Atualizado em 16 jul 2019, 19h01 - Publicado em 16 jul 2019, 14h19

James Alex Fields Jr., de 22 anos, foi sentenciado a 419 anos de prisão por uma corte estadual da Virgínia na segunda-feira 15 por ter atropelado mais de vinte pessoas em Charlottesville, nos Estados Unidos. O crime ocorreu durante a passeata supremacista Unite the Right (Unir a Direita), há dois anos, e resultou na morte de Heather Heyer, 33 anos. Fields já havia sido condenado à prisão perpétua em junho por um tribunal federal.

O juiz Richard Moore aceitou formalmente a sentença recomendada pelo júri, que condenou Fields em dezembro. “Fields, você tinha escolha. Todos nós temos”, disse o juiz. “Você fez as escolhas erradas e causou sofrimento (…) Você causou sofrimento no mundo inteiro quando as pessoas viram o que você fez”, completou.

Em junho deste ano, um tribunal federal acusou Fields por 29 crimes e o sentenciou à prisão perpétua. Na época, os procuradores argumentaram que as crenças racistas e antissemitas de Fields o levaram ao protesto e o motivaram a atacar os manifestantes que estavam contra a passeata.

Os protestos em Charllotesville

Supremacistas brancos se reúnem na Universidade da Virgínia, em Charlottesville, para protestar contra a remoção de uma estátua de um general confederado da Guerra de Secessão – 11/08/2017 (Alejandro Alvarez/News2Share/Reuters)

Os conflitos entre supremacistas brancos e grupos antirracistas na cidade de Charlottesville, no estado da Virgínia, foram os mais acirrados dos últimos anos nos Estados Unidos. Em um primeiro momento, o presidente Donald Trump culpou a extrema direita pela violência. Mas, um dia depois, passou a responsabilizar “os dois lados”, o que causou críticas contra sua iniciativa.

Supremacistas brancos entram em confronto contra opositores do movimento, em Charlottesville. (Joshua Roberts/Reuters)

Em agosto de 2017, uma passeata de supremacistas brancos foi realizada em Charlottesville para protestar contra a retirada de uma estátua do general Robert E. Lee, comandante das forças confederadas na Guerra de Secessão. Os manifestantes entoaram cantos antissemitas e nazistas, com tochas, armas e suásticas em punho. Entre eles estava David Duker, ex-líder do Ku Klux Klan, o mais conhecido grupo supremacista branco da história dos Estados Unidos.

Como forma de mostrar oposição, uma segunda manifestação antirracismo foi chamada e ocorreu ao mesmo tempo que a dos supremacistas. Heather Heyer estava entre os participantes. As duas correntes entraram em choques violentos até que Fields jogou seu carro em alta velocidade contra os manifestantes que estavam contra o protesto inicial.

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