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Submersível da OceanGate teve defeito seis dias antes de acidente, diz ex-diretor

Implosão resultou na morte de todas as cinco pessoas a bordo durante expedição ao local onde estão os destroços do Titanic

Por Da Redação
19 set 2024, 20h03
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  • Como parte de uma série de audiências públicas para esclarecer os detalhes da implosão do submersível Titan, em junho do ano passado, um ex-diretor científico da OceanGate, empresa responsável pela construção, afirmou nesta quinta-feira, 19, que o veículo sofreu um mau funcionamento seis dias antes do acidente que resultou na morte de todas as cinco pessoas a bordo durante expedição ao local onde estão os destroços do Titanic

    De acordo com Steve Ross, um mergulho foi interrompido em 12 de junho, a cerca de 460 milhas do local do Titanic, devido a um problema no tanque de lastro variável, que controla a flutuabilidade do submersível. Isso provocou uma inversão de 45 graus da plataforma, com a parte traseira voltada para cima.

    “O piloto bateu na antepara traseira, e o restante dos passageiros caiu; eu acabei ficando de pé na antepara, enquanto um passageiro ficou pendurado de cabeça para baixo”, relatou Ross, ressaltando que, felizmente, ninguém ficou ferido na ocasião.

    + Ex-engenheiro da OceanGate revela pressão para preparar submarino para mergulho

    A Guarda Costeira dos Estados Unidos deu início na segunda-feira às audiências públicas para esclarecer detalhes da implosão do submersível. O Titan implodiu em 18 de junho de 2023, matando o CEO da empresa, Stockton Rush, e outros quatro a bordo e dando início a um debate mundial sobre o futuro da exploração submarina privada

    Durante uma das sessões, especialistas mostraram a última mensagem de texto enviada por tripulantes antes que perdessem contato.

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    Ao navio de apoio Polar Prince, perguntados se o Titan ainda podia ver o navio na tela de bordo e se estava tudo bem, os tripulantes responderam por mensagem: “tudo bem por aqui”.

    A embarcação utilizava o equipamento de internet da Starlink, empresa de Elon Musk, para manter contato com um navio na superfície, mas essa conexão foi perdida alguns minutos após a descida, quando o veículo já estava a uma profundidade de aproximadamente 3.300 metros. Segundo o cofundador da empresa, Guillermo Söhnlein, em caso de perda de contato o veículo deveria retornar a superfície, mas isso não ocorreu.

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