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Sob ameaça russa, Otan terá recorde em gasto de países com Defesa

Segundo secretário-geral, 18 dos 31 membros devem cumprir meta de 2% do PIB

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h18 - Publicado em 14 fev 2024, 15h29

Durante uma reunião entre os ministros da Defesa dos países pertencentes à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o secretário-geral da principal aliança militar ocidental, Jens Stoltenberg, afirmou nesta quarta-feira, 14, que 18 dos 31 membros devem cumprir a meta de 2% do PIB em gastos com defesa.

“Este é outro número recorde e um aumento de seis vezes em relação a 2014, quando apenas três aliados atingiram o seu objetivo”, disse Stoltenberg.

+ Chefe da Otan rebate Trump e cita perigos de EUA abandonarem aliança

No fim de semana passado, o ex-presidente americano Donald Trump, que está na corrida eleitoral para voltar à Casa Branca em novembro, trouxe um escrutínio renovado à questão dos gastos com defesa entre os membros da Otan. O republicano comentou durante um comício que encorajaria a Rússia a fazer “o que quiser” a qualquer país membro que não cumprisse as diretrizes de despesas com a defesa – minando  a cláusula de defesa coletiva do tratado. Em resposta, Stoltenberg afirmou na segunda-feira, 12, que tal declaração colocava os soldados europeus e americanos em risco.

“Qualquer sugestão de que os aliados não se defenderão mutuamente mina toda a nossa segurança, incluindo a dos EUA, e coloca os soldados americanos e europeus em risco”, respondeu Stoltenberg.

No entanto, chefe da Otan reconheceu que as críticas aos membros que não gastam o suficiente eram “um ponto válido e uma mensagem que foi transmitida por sucessivas administrações dos EUA, de que os aliados europeus e o Canadá têm de gastar mais, porque não vimos uma partilha justa de encargos”.

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A invasão russa à Ucrânia, em 2022, trouxe uma atenção renovada à necessidade de aumentar os gastos e expandir a aliança, levando a Suécia e a Finlândia a pedirem adesão à Otan e ao sistema de proteção coletiva. Enquanto a Finlândia conseguiu entrar em abril de 2023, duplicando a fronteira da aliança com a Rússia, a Suécia enfrentou atrasados no processo, sobretudo por rixas com a Turquia, mas têm avançado em direção à adesão completa.

Na terça-feira, o Serviço de Inteligência Estrangeiro da Estônia afirmou que a Rússia está se preparando para um confronto militar com o Ocidente dentro da próxima década e pode ser dissuadia por um reforço de forças armadas de possíveis rivais.

Segundo o chefe de inteligência estoniano, a avaliação foi feita com base em planos russos de duplicar o número de tropas colocadas na fronteira com a Finlândia, que é membro da Otan, e de países bálticos como Estônia, Lituânia e Letônia.

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“A Rússia escolheu um caminho que é um confronto de longo prazo… e o Kremlin provavelmente antecipada um possível conflito com a Otan dentro da próxima década ou mais”, disse Kaupo Rosin durante a divulgação do relatório sobre ameaças à segurança nacional da Estônia, citando a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a principal aliança militar ocidental.

Um ataque militar por parte da Rússia é “altamente improvável” no curto prazo, disse ele, em parte porque a Rússia tem de manter tropas na Ucrânia, e continuaria a ser improvável se o aumento de forças russas fosse igualado na Europa.

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